A novata Sheron Menezes tremia da cabeça aos pés nas primeiras cenas como Júlia, a altiva empregada da fazenda de Francisca, de Lúcia Veríssimo, em “Esperança”. Atualmente, ela garante que já controla o nervosismo e acredita que, se o papel cresceu, é porque vem correspondendo à altura. Mas ainda balança ao ouvir o “gravando” do diretor de cena, Carlos Araújo. “De repente, minha personagem ganhou história própria, casa, avó, irmãos… Foi tudo muito rápido. Um susto por capítulo!”, diz, com uma pontinha de orgulho. E a próxima novidade que a empregada e filha bastarda da família Moreira Alves prepara para sua intérprete é o romance com o violeiro Zangão, de Jackson Antunes.
Para a atriz gaúcha de 18 anos, o papel na novela das oito é fruto de três anos de sucessivas investidas na Globo. Antes de ser escolhida pelo diretor Luiz Fernando Carvalho entre 25 atrizes, Sheron já havia participado de testes para “Um Anjo Caiu do Céu”, “Sandy & Júnior”, “Malhação” e “O Quinto dos Infernos”, entre outros. A seleção para “Esperança” não despertou maior expectativa, já que o papel seria inicialmente destinado a uma atriz por volta dos 35 anos. Mas o teste de Sheron agradou tanto que o autor, Benedito Ruy Barbosa, “rejuvenesceu” a personagem. “Quando veio a notícia, eu só conseguia pular de alegria. Era algo que sempre quis para a minha vida”, conta.