o interior do prédio histórico no bairro São Francisco encontram-se mais de 400 mil itens abrangendo a história, a arqueologia e a antropologia do Estado. Este patrimônio foi encorpado com o aporte de três grandes acervos entre 1979 e 2005. O primeiro foi a herança de Vladimir Kozák, o segundo pertencia ao antigo Banco do Estado do Paraná e o terceiro foi a aquisição em 2004 de parte do acervo do extinto Museu Coronel David Carneiro, com cerca de 5 mil itens, entre peças de mobiliário, obras de arte, documentos, indumentária e armaria, com ênfase nos conflitos militares ocorridos no Paraná.
Além destes, há ainda itens que vão de talheres e utensílios adquiridos pelo Palácio Iguaçu em décadas passadas, a uniformes antigos usados pelos militares paranaenses, catorze retratos de presidentes do Estado pintados pelo mestre da pintura paranaense, Alfred Andersen, além de um pequeno autorretrato do pintor e grande variedade de objetos recolhidos por pesquisadores sobre os índios paranaenses e de outros estados brasileiros.
A Biblioteca do museu reúne documentos do império e coleções incompletas de jornais paranaenses da primeira metade do século 20 – O Dia, A República, Diário do Commércio, A Tarde e A Notícia. A coleção do primeiro jornal paranaense, 19 de Dezembro, é completa.
E pelos corredores o visitante encontra peças que podem não se encaixar no objetivo principal do museu – história, antropologia e arqueologia do estado -, mas que não deixam de ter seu encanto, como dois quadros da pintora Violeta Franco, fotografias de Curitiba de 1904 feitas por Linzmayer e aquareladas por Andersen, natureza morta da pintora Maria Amélia D’Assumpção, um enorme cavalo de resina, uma antiga metralhadora, etc.
Com este acervo o museu é considerado um dos mais importantes de sua área no Brasil. E anualmente é frequentado por cerca de 40 mil pessoas, a maioria estudantes levados por seus professores para um mergulho no passado – uma média de quatro escolas por dia. No entanto, a falta de visibilidade é apenas um dos problemas do museu. Os demais são deficiências comuns aos museus do país e quase todas decorrentes da falta de recursos.
Assim, aliada a falta de visibilidade, o museu enfrenta carência de pessoal agravada pela aposentadoria dos funcionários mais antigos e a não abertura de concursos para preencher as vagas que são abertas. Cria-se uma defasagem de pessoal que reflete na manutenção do acervo e no atendimento aos visitantes. Com isso, as atividades complementares que poderiam ajudar a divulgar a instituição não são realizadas, criando um estado que se aproxima da inércia.
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