O desejo da máxima expressão é algo comum na filmografia do documentarista paranaense Havita Rigamonti, que já percorreu o Brasil e o mundo recortando pequenos trechos do cotidiano selvagem, mas chega a um novo patamar com o lançamento do livro “Palavras da imagem”, uma espécie de mea culpa por compreender que nem tudo pode ser registrado por meio de imagens e, com talento, escolheu as palavras para assim fazê-lo.
”Nas viagens que realizei a trabalho pelas emissoras de TV, dificilmente sentia um vídeo finalizado satisfatoriamente, alguma coisa faltava nas reportagens. Nunca o processo final me agradava”, comenta o autor na introdução do livro, deixando claro que as duas linguagens – a imagética e literária – não se contradizem e, ao contrário, se completam.
Colocando em palavras o que não pode, por algum motivo ser filmado, Rigamonti cria uma nova perspectiva sobre a ação, depositando nela o vislumbre de um “andarilho do corpo e da alma”, como define a pedagoga Jussara Souza Iuches na introdução do livro.
A obra narra histórias de gente grande e de “gente pequena”, acontecimentos de pessoas anônimas que se parecem com cada um de nós, inclusive com o próprio autor.
Serviço
Livro: Palavras da Imagem – Lançamento durante a lll Tertúlia Literária
Onde: Instituto Memória no Palacete dos Leões – Av. João Gualberto 530/570 – 19h
Quando: 09 de julho