Fabiano Maciel falou dos desafios na elaboração do documentário sobre a obra de Oscar Niemeyer, ao qual se dedicou durante 8 anos. Seu principal objetivo era traduzir o discurso do arquiteto em imagens, evitando a forma de videoclipe. Por isso, a fase da captação das imagens das obras, realizada com uma pequena câmera digital, sucedeu uma série de 4 entrevistas com Niemeyer.
A ausência de narrador foi uma opção de Maciel, que, para contextualização, preferiu utilizar imagens de arquivo, muitas delas raras. O documentário se desenrola em ordem cronológica, para que o espectador possa acompanhar facilmente a evolução do arquiteto. Além dos depoimentos do personagem principal, Maciel resolveu incluir depoimentos de admiradores de Niemeyer, como Ferreira Gular, Chico Buarque e Eric Hobsbawn.
Questionou-se a opção do cineasta por não criticar o arquiteto, que não é nem de longe uma unanimidade, apesar de seu reconhecimento no Brasil e no exterior. Maciel defende-se alegando que Oscar Niemeyer: A vida é um sopro é um filme-homenagem. O diretor, que desde criança é um apreciador da arquitetura moderna, sempre considerou as críticas a Niemeyer, (foto) rancorosas e pessoais. Explicou ainda que, se fosse entrar na polêmica, não saberia conduzir o documentário e teria que entrevistar pessoas que pouco lhe interessavam.