Documentário ‘Loki’ exibe trajetória de Arnaldo Baptista

O longa “Loki”, que estreia hoje nos cinemas, aborda a trajetória de Arnaldo Baptista, o criador dos Mutantes. O diretor Paulo Henrique Fontenelle vai fundo e conta tudo. Ou, pelo menos, conta muita coisa da vida nada vulgar de Arnaldo. Ele foi uma espécie de músico precoce e criou Os Mutantes ainda menor de idade. De mentor intelectual da banda composta por seu irmão Sérgio e Rita Lee, evoluiu a profeta de uma trip composta de muita loucura, experimentação musical, e, sim, muita experiência com drogas.

Arnaldo viveu a fundo a era do LSD e outros aditivos e o filme nada esconde. Como ninguém sai impune desse tipo de aventura, Arnaldo foi internado em hospitais psiquiátricos, e num deles caiu, ou se jogou, da janela de um quarto andar. Tudo lá é dito, palavra por palavra, e nem mesmo amigos, convidados para os depoimentos, livram a cara do artista. Esse tom de sinceridade dá o tônus ao filme. Sem lamúrias, como deve ser quando se entra nessa de ir ao limite. Arnaldo pagou e paga o preço. Mas o faz de maneira suave. Vive, com sua terceira mulher, em Minas, onde pinta para se expressar.

“Loki” refaz a trajetória de Arnaldo Batista por suas palavras, pelas de amigos e também por inserções musicais dos Mutantes e, de sua fase posterior, separado da banda. Fica transparente que Arnaldo não foi fundo apenas na questão das drogas ou do desregramento de vida. Sua viagem foi, sobretudo, musical, como prova o álbum “Loki?”, que dá título ao filme e é considerado sua obra mais radical.

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