Haverá uma sessão de A Nação Que não Esperou por Deus, o novo documentário de Lúcia Murat – em codireção com Rodrigo Hinrichson -, nesta quinta-feira, 30, às 19h30 no Caixa Belas Artes. Será seguida de um debate da diretora com a psicanalista e ensaísta Maria Rita Kehl. O filme, que começa lindíssimo – com uma história que remonta à mitologia dos kadiwéus, índios cavaleiros do Mato Grosso do Sul -, começou a nascer quando Lúcia voltou à aldeia, dez anos depois de realizar a ficção Brava Gente Brasileira, para ver como estavam os índios que havia conhecido.

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Ela encontrou toda a aldeia mudada, graças aos efeitos da chegada da luz elétrica e da evangelização. Em 2013, quando regressou para filmar o atual documentário, nova transformação – os índios estavam em pé de guerra contra os pecuaristas que haviam avançado sobre suas terras.

É um filme sobre o tema e que aborda muitas outras frentes, muitos outros temas. Para Lúcia, é o filme que ela queria fazer. “Queria retomar o contato, reencontrar os índios que conheci e filmei. Tudo o resto é decorrência da filmagem de um documentário. Ao contrário da ficção, a gente nunca pode prever o que vai acontecer. E tem de estar aberta”, comentou a diretora.

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