Documentário de José Padilha ganha festival latino

Um júri formado por críticos de diferentes nacionalidades escolheu o melhor filme brasileiro e melhor filme latino-americano do ano, na nova competição instituída este ano pela Fédération Internationale de la Presse Cinématographique (Fipresci), em parceria com o Festival do Rio BR.

Os vencedores foram Ônibus 174, documentário de José Padilha considerado o melhor filme brasileiro do festival; Japão, de Carlos Reygadas, que ficou com o título de “Melhor filme latino-americano do ano”; e A virgem da luxúria, de Arturo Ripstein, homenageado pelo conjunto da sua obra.

A premiação que inicialmente iria contemplar apenas um filme foi anunciada pelo presidente da Fipresci, Klaus Eder, que brincou com o público: “se eu tivesse a chance de aprender uma outra língua, seria o português, mas na versão carioca, que soa como música”. Klaus elogiou o Rio de Janeiro, lugar que freqüenta há 20 anos e considera a cidade mais linda do mundo, e agradeceu à diretora executiva do festival, Ilda Santiago, “que além de ser uma mulher muito charmosa e competente, tem a mente aberta e percebeu a importância da cinematografia latino-americana”.

O objetivo da Fipresci com esta premiação é estimular outros festivais a darem uma olhada nesses filmes e levá-los para seus públicos. O prêmio concedido a Reygadas foi recebido pelo presidente do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB), Carlos Brandão, e para Ripstein, pelo cônsul do México no Rio, Jorge Gerardo Sánchez Sosa, que disse também já ter feito incursões pelo cinema junto com o diretor de A virgem da luxúria.

Ao receber o título de melhor filme brasileiro do Festival do Rio BR 2002 pelo Ônibus 174, José Padilha ressaltou a importância de a premiação ter sido concedida a um documentário, “porque depois que uma história é colocada na tela, tudo é filme”. (Informações do site oficial do Festival de Cinema BR)

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