Disputa pelas melhores imagens na SP-Arte/Foto

Mais de 12 mil pessoas circularam pela sétima edição da SP-Arte/Foto, no Shopping JK Iguatemi, na zona sul de São Paulo, que terminou domingo, 25. Para sorte das 25 galerias presentes, não eram só curiosos. Entre elas, estavam alguns dos maiores colecionadores de fotografia do Brasil. Foi, segundo a organizadora da feira, Fernanda Feitosa, a melhor edição, não só em resultado de vendas, mas da presença institucional da SP-Arte/Foto como instrumento de divulgação da produção local e internacional – fato confirmado por seis galerias e um escritório de arte que participaram da feira.

Estrelas. O preço médio das fotos comercializadas ficou em torno de R$ 30 mil, mas, evidentemente, estrelas internacionais como o brasileiro Vik Muniz e o espanhol Ballester alcançaram valores superiores a US$ 55 mil por foto. O maior comprador da feira não é de São Paulo, mas a Fundação Edson Queiroz, de Fortaleza, que arrematou não só séries de nomes consagrados, como Sebastião Salgado, como de jovens fotógrafos paulistas, destacando-se Flávio Samelo, que abandonou a pintura para fotografar skatistas e, depois, formas arquitetônicas da metrópole, fazendo reviver a estética do movimento concreto.

Samelo virou um fenômeno comercial na feira: a fundação cearense comprou toda a parede do fotógrafo em exposição na Galeria Logo, representante também de Fabiano Rodrigues, skatista profissional que virou fotógrafo e ficou conhecido por autorretratos dedicados ao registro de suas evoluções em museus da cidade (expostos na Bienal de Fotografia do Masp, em cartaz). Lançado na SP-Arte/Foto do ano passado, dele também foi vendida toda a série exposta na feira, segundo sua galerista Carmo Marchetti. Detalhe: o preço das fotos dos dois oscilou entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, três vezes menos que as fotos vintage comercializadas na feira por galerias como as de Luciana Brito e Jacqueline Martins e por representantes de três grandes fotógrafos dos anos 1950 e 1960: Ademar Manarini, José Yalenti e Paulo Pires.

Cinco fotos desses nomes ligados aos primórdios da foto experimental no Brasil foram vendidas a uma instituição de Ribeirão Preto por preços entre R$ 20 mil e R$ 35 mil, segundo a curadora da mostra vintage, Isabel Amado. “São fotos históricas e não queríamos vender para particulares”, justifica. Igualmente histórico era o time representado pela Galeria Luciana Brito: Geraldo de Barros (1923-1998), Thomaz Farkas (1924-2011) e Gaspar Gasparian (1899-1966). Variando entre R$ 16 mil e R$ 40 mil, os preços atraíram novos colecionadores, segundo a galerista, que passou, na feira, a representante exclusiva do espólio de Farkas. O concretista Geraldo de Barros liderou as vendas. “Acho que demos um salto de qualidade nesta edição, e o público acompanhou, buscando não só o figurativo, mas complexas composições geométricas “, observa Luciana Brito, que representa um dos mais disputados contemporâneos, justamente Caio Reisewitz, conhecido por suas paisagens, cujas fotos têm um preço médio de R$ 80 mil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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