Morto hoje em São Paulo, aos 67 anos, o diretor Carlos Reichenbach deixou um legado para o cinema brasileiro. Autor de filmes como “Império do Desejo”, de 1981, e “Garotas do ABC”, 2003, participou de movimentos como o Cinema Marginal e o cinema da Boca do Lixo.
O também diretor Ugo Giorgetti se disse chocado com a morte do colega. “Era uma pessoa muito generosa, que falava sim para as coisas. Isso é muito mais importante que fazer filmes”.
“Tive um contato muito próximo e muito rápido. Mas uma coisa me chamou muita atenção. Ele era um cara extremamente generoso, o que não é muito comum entre diretores. Era um torcedor do cinema brasileiro, torcia pelos filmes de todo mundo, não só pelos dele. Isso é raro nessa área, em que a competição é muito grande”, disse o diretor Heitor Dhalia.
Para a atriz Helena Ignez, viúva do cineasta Rogério Sganzerla, ele “era uma pessoa imensamente querida, adorável. Um coração de cinema, no que ele tem de melhor. Foi muito amigo do Rogério [Sganzerla], fez uma ponta em “O Bandido da Luz Vermelha’. Se existe um céu, ele vai pra lá”.
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