Documentarista indicado ao Oscar na categoria, o diretor Mel Stuart, morto ontem aos 83 anos, não imaginava que sua carreira ficaria curiosamente marcada por uma ficção, que dirigiu em 1971 só para realizar o desejo da filha de ver adaptado o livro favorito dela: “A Fantástica Fábrica de Chocolate”.
Ele morreu em sua casa, em Los Angeles, em decorrência de um câncer. Deixa a mulher, Roberta, e três filhos (Madeline, Peter e Andrew). Quando jovem em Nova York, onde nasceu, Stuart sonhava em ser músico. Mas foi após a faculdade que ele decidiu trabalhar com cinema.
A maioria dos filmes que Stuart dirigiu ou produziu em sua carreira são documentários, como o indicado ao Oscar “Four Days in November” (1964), sobre o assassinato do presidente dos EUA John F. Kennedy (1917-63).
Mas a consagração da carreira cinematográfica veio mesmo com o filme homônimo que adapta o clássico infantil “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, de Roald Dahl, com Gene Wilder no papel do excêntrico Willy Wonka.
O livro e o filme contam a história do menino pobre Charlie Bucket, que encontra um bilhete premiado em uma barra de chocolate. Como prêmio, o garoto ganha o direito de visitar a mítica fábrica de doces de Willy Wonka.
A primeira adaptação para o cinema do livro (Tim Burton dirigiu uma versão em 2005 com Johnny Deep no papel de Wonka) se tornou um clássico infantil com seu visual psicodélico e os números musicais dos Oompa Loompas, os funcionários em miniatura de Willy Wonka.
No Brasil, o filme foi exibido inúmeras vezes na “Sessão da Tarde”, da TV Globo, e ganhou status de cult como “Curtindo a Vida Adoidado”.