A pesquisadora, crítica e professora universitária Adalice Araujo – verdadeiro ícone no mundo artes do Estado ? apresentou na noite de terça-feira (6), no Museu Oscar Niemeyer, o primeiro Dicionário das Artes Plásticas no Paraná. A diretora do Museu, Maristela Requião, participou do evento ao lado de renomados artistas paranaenses citados na obra. ?O trabalho de Adalice é um marco para história da arte paranaense?, afirmou a diretora.

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O primeiro volume traz uma síntese da história da arte no Estado, da pré-história aos anos 80, e apresenta os primeiros verbetes de A a C. O segundo e o terceiro volume, que deverão encerrar as letras do alfabeto, já estão em andamento com a previsão de serem editados dentro de dois anos. ?É uma obra da qual me orgulho e dedico aos artistas do Paraná que acabam sendo pouco divulgados fora de seu Estado?, disse Adalice.

?O dicionário é de inestimável valor para nós artistas?, afirma Fernando Calderari – que possui obras em acervos públicos e particulares no Brasil e exterior. ?O resultado de tanta luta e empenho de Adalice formaliza, oficializa, nossas obras?, agradece. A coordenadora editorial do dicionário, Antônia Schwiden, mestre em Semiótica, considera o trabalho de Adalice um importante documento de expressão artística no Paraná. ?O lado mais bonito de Adalice neste trabalho, é que como pesquisadora não privilegia ninguém, nem escolas e nem salões institucionais?, destaca. ?Sua busca deu espaço a todos que se destacam nas artes plásticas em diferentes locais ?.

Jack Castro Holmer, 23, é um exemplo deste fato. Artista da nova geração ? século XXI – que desenvolve a arte interativa digital e conquistou este ano o prêmio no Salão das Artes Plásticas do Graciosa Country Club, de Curitiba – ainda pouco conhecido, já recebeu formulário de Adalice, para que repasse a ela informações sobre sua obra e trajetória artística. ?Devo entrar no terceiro volume do dicionário?, adianta animado.

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A pesquisa e publicação foram realizadas com recursos da Lei Muncipal de Incentivo à Cultura, Lei Rouanet, Petrobras e Brasil Telecom, Copel e Banestado (no início da pesquisa para a elaboração da obra). Tem apoio do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano/Paranacidade, Contacultura, Secretaria de Estado da Cultura.

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Este volume do dicionário é composto de 48 cadernos de 16 páginas – 768 páginas no total, vastamente ilustrado 4 X 4, policromia, formato 230 X 280 mm (fechado) em brochura. O prefácio é assinado por Fernando Bini – que foi seu aluno. ?Trata-se, sem dúvida,de uma obra inédita, em escala enciclopédica; de valor inestimável para a arte do Paraná?.

Adalice Araujo, além de pesquisadora, crítica de arte e professora universitária, manteve durante cinco anos a Coluna Artes Visuais, no extinto Diário do Paraná, no Polo Cultural e na Gazeta do Povo. De 1987/88, dirigiu o Museu de Arte Contemporânea do Paraná, onde introduziu serviços de curadoria, reserva técnica, núcleo de Arte-Educação e realizou mostras internacionais como a Arte Atual de Berlim.