Dicção do cantor é necessária para papel de professor Higgins

Paulo Szot não fará uma complicada transição do South Pacific para My Fair Lady, no entender do diretor Jorge Takla. “São dois musicais dos anos 1950, ou seja, época em que os espetáculos tinham muita influência das operetas e, portanto, traziam papéis ótimos para cantores clássicos”, explica.

Na verdade, quando foi convidado, Szot se entusiasmou, mas questionou o diretor sobre as raras canções de seu personagem, professor Higgins. “Eu temia que seria como no cinema, em que o protagonista mais declama a letra que canta”, comenta o barítono, satisfeito ao ouvir de Takla que terá muitas canções.

Em South Pacific, Szot viveu Emile de Becque, que lhe impôs desafios. “Considero um papel talhado para um cantor de ópera, pois oferece uma linha dramática muito rica – como se trata de um personagem romântico, ele passa por vários estágios de sentimentos, como drama, raiva, conforto, desconforto, além de humor”, conta. “Como Higgins, acredito que a combinação encenação e cantoria terá de ser bem balanceada.”

Takla acredita que o barítono terá facilidade para enfrentar uma das principais dificuldades do papel: a dicção. “Higgins é o homem que quer ensinar Eliza a falar perfeitamente bem, o que exige um intérprete com a mesma qualidade”, observa. “E Szot sempre se destacou pela fala perfeita, por pronunciar todas as sílabas corretamente.”

Antes de iniciar os ensaios do musical, o barítono tem apresentações em Marselha, na França, Nova York e Pittsburgh, nos EUA, e, já no Brasil, em Belo Horizonte e São Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo