Deserto feliz ganha seis prêmios

O filme Deserto feliz, do pernambucano Paulo Caldas, ganhou seis prêmios no 35.º Festival de Cinema de Gramado. O longa conquistou os prêmios de melhor filme do júri popular e o prêmio da crítica, além de melhor diretor, fotografia, música e direção de arte.

O prêmio principal, que recebe o Kikito, de melhor longa, foi para Castelar e Nélson Dantas no País dos Generais, do mineiro Carlos Prates, que também venceu em melhor montagem. O anúncio dos premiados aconteceu nesse sábado à noite. Feito em forma de documentário, Castelar e Nélson Dantas no País dos Generais resgatou passagens importantes de filmes que contribuíram de forma significativa para a história da cinematografia nacional. É o caso de Os inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade, produção de 1972, Noites do sertão, do próprio Prates, de 1984 e O canto da saudade, de Humberto Mauro.

Deserto feliz traz a realidade árida e brutal da interior nordestino. Jéssica, a adolescente vivida por Nash Laila, abandona a miséria em que vive no interior e se torna prostituta, alimentando o turismo sexual.

Outra temática problemática abordada pelo filme se refere ao tráfico de animais silvestres. O filme possui alguns dos mais belos planos do recente cinema brasileiro.

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