Décima-quarta edição do Abril Pró Rock decepciona

Definitivamente, depois de ter pensado bastante no que escrever, acho que é melhor ser sincera e dizer que o APR desse ano foi um fiasco. E digo mais: tanto em público como em escolha dos nomes.

Banda Atrocity, da Alemanha.jpgMesmo as atrações de (suposto) maior interesse não conseguiram mostrar no palco o que poderia ser uma resposta muito bem dada aos que acreditam que música de qualidade não está condenada ao dilema gravadoras X pirataria digital. Mas não foi isso o que aconteceu. Não sei se é pelo perfil da cidade, mas me parece que o público que esteve presente no APR deste ano tem sim acesso ao que se pode chamar de mainstream de um cenário onde faixas de mp3 rolam livre, leve e soltas pela internet.

As mudanças na estrutura, tanto física como conceitual, eram temas do assunto sempre presente na sala de imprensa, cujos participantes tentaram achar, durante os três dias, algum gancho para poder começar suas devidas matérias.

Algumas bandas foram prejudicadas pela qualidade de som (às vezes muito abafado, dando aquela impressão de estarem dentro de uma caixa de papelão, às vezes grave ou agudo demais). O fato é que um técnico de som competente seria capaz de, tranqüilamente, dar conta do recado e garantir, sem imprevistos, que este não fosse um dos motivos para que o público estranhasse tanto o que viu e ouviu.

Ganhando nome de gente grande e já em sua 14ª edição, o evento merece destaque, não tiro o seu mérito. Porém estrategicamente e comercialmente falando, a mudança da estrutura que, neste ano apostou por segmentar os gêneros, mostrou não funcionar.

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