Deborah Evelyn: ?Nunca vi graça em fazer a mocinha?. |
Quanto mais sofrido um papel, melhor. Esse critério parece nortear Deborah Evelyn na tevê. Ao longo da carreira, a atriz só fez colecionar tipos desvalidos, como a Ruth de Vida Nova, a Basília de A Muralha e a Virgínia de Um Anjo Caiu do Céu. A Beatriz, de Celebridade, não foge à regra. Na trama de Gilberto Braga, a atriz tem oportunidade de sobra para desenvolver o que considera mais importante em um trabalho: a carga dramática do personagem. “Nunca vi graça em fazer a mocinha. Prefiro personagens densos e trágicos porque funcionam como catarse”, justifica.
Em Celebridade, a catarse promovida pela obcecada Beatriz é compartilhada pelo público. Algumas pessoas confessam sentir raiva quando ela maltrata o filho Inácio, vivido por Bruno Gagliasso. Outros garantem sofrer muito quando Beatriz chora o amor não-correspondido de Fernando, interpretado por Marcos Palmeira. A aparente dualidade da personagem, aliás, é o que mais fascina a atriz. “Gostaria muito que a Beatriz desse uma reviravolta qualquer na novela. Mas final feliz não combina com ela. No final, acho que ela vai é se dar mal mesmo”, acredita, pouco otimista.
Nome: Deborah Evelyn.
Nascimento: Em 12 de março de 1966, no Rio de Janeiro.
Primeiro trabalho: A minissérie Moinhos de Vento, de Daniel Más, em 1983. “A minha personagem ficava maluca depois que perdia a mãe”.
Momento marcante: O nascimento da minha filha, Luiza.
Atuação inesquecível: Sean Penn em 21 Gramas.
Ator: Al Pacino. Gosto de tudo que ele faz. Mesmo que o filme não seja lá essas coisas, eu vejo só por causa dele.
Atriz: Liv Ullmann.
A que gosta de assistir na tevê: A “sitcoms”. “Estou arrasada com o fim de Friends.
A que nunca assistiria: Big Brother. “Já tentei, mas não consigo”.
O que gostaria que fosse reprisado: A novela Casarão, de Lauro César Muniz. “Era genial”
O que falta na tevê: Mais produções nacionais.
Livro de cabeceira: Crime e Castigo, de Fedor Dostoiévski.
Vídeo de cabeceira: Morangos Silvestres, de Ingmar Bergman. “Adoro os filmes do Bergman. Mas não é sempre que vejo. Eles são muito intensos, pesados…”
Mania: Arrumação. “As coisas nunca estão suficientemente arrumadas para mim”.
Medo: “De avião, de perder minha filha, de correr muito de carro… Sou medrosa por natureza”.
Vexame: “Volta e meia, troco nomes. Há tempos, chamei a Aracy Cardoso de Arlete Salles. Foi horrível!”
Arrependimento: “De não ter tido outra filha depois que a Luiza nasceu”.
Projeto: Ter outros filhos. “Quem sabe depois da novela…”.