No dia 2 de agosto fará 20 anos que o Brasil perdeu um de seus maiores artistas populares: Luiz Gonzaga (1912-1989), o rei do baião, o homem que carregou a bandeira do agreste no fole de sua incomparável sanfona, na voz da seca, poderosa e comovente, nas canções que se tornaram hinos da nação nordestina.

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De hoje a domingo, um grande evento musical no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, vai reunir discípulos do mestre, como Dominguinhos, Alceu Valença, Elba Ramalho, Oswaldinho do Acordeon e vários outros prestando homenagem a ele.

Além desses, se apresentam outros grupos e artistas nordestinos, como Antônio Nóbrega, Cordel do Fogo Encantado, Banda de Pífanos de Caruaru, Orquestra Popular de Recife, Trio Virgulino e a Família Gonzaga.

Além dos shows musicais, que inclui grupos de maracatu e duplas de emboladores, como Caju e Castanha, o evento terá espetáculos teatrais e circenses, barracas com comidas típicas e artesanato de cada Estado do Nordeste.

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O legado de Mestre Lua, de vida e obra que se confundem, é imensurável não só para os artistas e a população nordestina. Não há festa de São João sem seus baiões, xotes, xaxados e quadrilhas.

Como diz Elba, qualquer coisa relacionada a esses ritmos do forró provém dele. Nos shows, os cantores e músicos vão mesclar repertório próprio e clássicos de Gonzagão que gravaram ao longo da carreira.

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Elba e Dominguinhos já dedicaram discos inteiros ao mestre e lembram de sua ligação com ele. “A homenagem é mais simbólica, vai da memória, do coração, da lembrança afetiva que a gente tem dele e de toda influência que ele tem em nosso trabalho”, diz Elba.