Dark Side chega ao público antes de gravado

São Paulo – Álbum conceitual, um dos pioneiros na combinação de rock com eletrônica, o terceiro mais vendido em todos os tempos, Dark Side of the moon, chegou ao público pelos palcos, antes de ser gravado, entre junho de 1972 e janeiro de 1973. Com dez faixas cheias de efeitos sonoros de grande impacto e mediações instrumentais de longa duração, procedimento típico do rock progressivo, o disco, todo mundo sabe, abre com o som de um coração pulsando, que se mistura ao tilintar de caixa registradora, tique-taque de relógio, falas, risos e culmina com um grito feminino em Speak to me. ?Eu achava que o álbum precisava de uma espécie de abertura?, disse Waters.

O caos inicial dá lugar à calmaria momentânea de ?Breathe? para retornar na instrumental On the run. ?Tentando descobrir como funcionava o seqüencer (VCS3), toquei alguma coisa nele e acelerei. Isso acrescentou uma certa tensão?, comentou Waters. Time veio da preocupação dele com o amadurecimento, aos 29 anos. A reprise de Breathe, como vinheta, tem efeito emocional para o estágio de The great gig in the sky. Sem letra, pontuada pelo canto de Clare Torry em vocalise, e com inserções de trechos de um discurso bíblico, foi inspirada no medo da morte – um dos temas centrais do álbum, que também alude às guerra, loucura, alienação e paranóia. ?Money?, além da caixa registradora, teve até sons de sacos reais de dinheiro batendo no chão. ?Cada som tinha seu próprio loop que nós tivemos de medir, usando um regulador, para mantê-los no tempo certo.?

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