Terceira colaboração do diretor Gus Van Sant com o ator e roteirista Matt Damon, após Gênio Indomável e Gerry, Promised Land trata de um tema polêmico, o fracking – extração de gás por meios que agridem o meio ambiente. O filme foi escrito por Damon e John Krazinski, e o diretor meio que caiu de paraquedas no projeto, como esclareceu aqui em Berlim. Isso talvez ajude a entender porque, apesar do empenho, Promised Land é um filme apenas médio de Van Sant.
Sobre dirigir o filme – “Vinha acompanhando na imprensa as notícias de que Matt queria fazer um filme com Ben Affleck como ator. Cheguei a pensar comigo: talvez eles necessitem da minha ajuda. Matt chegou a conversar comigo por e-mail, dei algumas sugestões que foram assimiladas. Quando sua agenda o impediu de dirigir e ele me chamou, já sabia do que tratava. E topei.”
Sobre o fracking – “Não sabia nada sobre o assunto, exceto alguns recortes de jornal que Matt me enviou. Mas ao chegar na área rural da Pensilvânia em que filmamos, era evidente a devastação. Fazendeiros empobrecidos, as companhias querendo avançar sobre suas terras. Lá o fracking e seus efeitos na natureza são assunto corrente.”
Sobre Matt Damon – “Ele mudou, como todo mundo, mas na essência permanece o mesmo que conheci, há mais de 15 anos. Matt sempre quis ser um astro. Conseguiu, mas eu acho que ele se preocupa demais em como permanecer um astro. Isso não o impede de se comprometer com temas sociais e políticos e, como roteirista, escrever bem suas histórias.”
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.