A banda curitibana Big Time Orchestra tornou-se referência nacional do neo-swing, gênero que dá uma versão mais contemporânea para as músicas das décadas de 1930, 1940 e 1950. O grupo está percorrendo todo o País com o show de lançamento do DVD e CD Ao vivo no Bourbon Street, gravado em uma das mais tradicionais casas de espetáculo de São Paulo. A Big Time pretende também fazer o lançamento destes trabalhos em Curitiba, a terra natal do grupo. Isto pode acontecer em janeiro de 2009.
O vocalista Zorba Mestre conta que a gravação no Bourbon Street Music Club era a meta da banda desde a sua formação, em 2005. A segunda apresentação da carreira da Big Time aconteceu na casa, que já recebeu mestres do jazz e do blues mundial. “A gente então começou a pensar e a se planejar para isto. O êxito aconteceu em novembro de 2007, quando fizemos toda a gravação. Como somos uma banda independente, demorou um ano para a gente conseguir finalizar. Pagamos tudo com shows. O resultado disto tudo foi uma alegria muito grande”, afirma.
A prova da aceitação da banda no cenário nacional foi a realização de um show em Santos (litoral de São Paulo), na última quinta-feira, no Teatro Coliseu. Na mesma noite, o guitarrista Stanley Jordan fez o lançamento do DVD dele. A Big Time fechou o espetáculo. O sucesso também vem por causa da forma de apresentação do grupo: repertório dançante, energia, talento, bom humor e coreografias que chamam a atenção do público.
A grande diferença da Big Time para outras bandas de neo-swing são as composições próprias, em português. Nos shows, graças ao reconhecimento, é normal o público pedir as músicas de autoria da Big Time. “Já existiam bandas de neo-swing que faziam cover. Mas a gente tem as músicas próprias em português também. A mistura é muito legal. Antes, até zombavam de quem fazia música em português. Nos arriscamos e as pessoas gostam, se identificam. Nos shows, pedem as nossas músicas, além das tradicionais e as mais conhecidas”, comenta Zorba Mestre. Exemplos das músicas da Big Time são Clotilde, amo essa mulher e Brasileiro. Já aquelas tradicionais englobam Jhonny B. good, Let’s twist again, In the mood, Hit the road Jack, entre outras.
Além dos shows, a banda está com um projeto internacional. Estão sendo feitas versões em inglês das músicas próprias da Big Time, para lançamento em outros países. Isto deve acontecer daqui a um ano. Enquanto isto, a banda vai conquistando o Brasil de norte a sul, apesar do seu caráter independente. Zorba Mestre revela que metade do grupo vive hoje só de música. Alguns integrantes são microempresários e possuem outras atividades. “Ter outra atividade é sempre bom. Mas o principal de todo mundo é a banda. Isso é importantíssimo para que dê certo”, lembra o vocalista.
A Big Time é composta por André Ricciardi (bateria), Everson Martins (sax alto), Fabiano Cordoni (baixo e backing vocal), Jaquerson Bueno (trompete), Jeronimo Bello (sax barítono), Luiz Jiraya (trombone), Lílian Nakahodo (teclados), Marcio Rangel (sax tenor), Oscar Costa e Silva (trompete), Raule Alves (trombone), Ronni Panzone (guitarra) e Zorba Mestre (voz). O site da banda é www.bigtime.com.br.
