Curitiba recebe Dona Flor e seus dois maridos

O triângulo entre Florípedes, Vadinho e Doutor Theodoro não é segredo. Nasceu na literatura, nas páginas de Jorge Amado, mas ficou ainda mais conhecido no cinema, com a adaptação de Bruno Barreto. Porém, foi pela televisão, com a minissérie de Dias Gomes, que a história caiu nas graças do povo. Seja qual for a ?versão?, difícil quem não conheça o enredo de Dona Flor e seus dois maridos. No entanto, vale a pena ver, ou rever. Principalmente porque no teatro, dirigido por Pedro Vasconcellos, o romance fica ainda mais vivo.

Hoje, amanhã e domingo, a peça está em cartaz no Teatro Fernanda Montenegro, em Curitiba. Além de Carol Castro (Flor), Marcelo Faria (Vadinho) e Duda Ribeiro (Theodoro), outros 13 atores fazem parte do elenco. A Dona Flor e seus Dois Maridos de Vasconcellos é recente, foi montada ainda este ano e, antes de chegar na capital paranaense, já foi apresentada em Goiânia e Porto Alegre.

Como conta Marcelo, a adaptação foi fiel ao livro de Jorge Amado, de onde foram tirados os principais momentos. Algumas situações da peça ainda não apareceram nem no cinema nem na tevê. Segundo os atores, foram mais de três meses de preparação: muita leitura e aulas de dança, prosódia e até culinária. ?Qualquer um, mesmo que já conheça a história, tem curiosidade de ver no palco?, comenta o ator. A atriz Carol Castro completa que, no teatro, ?sempre tem o elemento-surpresa?.

No cinema, a Dona Flor foi Sônia Braga e, na tevê, a personagem foi de Giulia Gam. Agora, no papel, Carol Castro diz que este é um marco em sua carreira. ?Não tem como fazer comparações, mas quer desafio maior que ser a Flor depois desses dois nomes de peso? Essa personagem é o desabrochar da minha carreira?, garante a atriz. O principal elemento que Carol procurou passar para Flor é a transparência. ?Eu procuro deixar claro para o público todas as faces da personagem: ela virgem, menina, culpada, mulher, viúva, com Theodoro, cansada dele, com saudade de Vadinho, enfim?, expõe.

Já Vadinho, como apresenta o ator Marcelo Faria, ?é o maior malandro do mundo?. ?É um personagem muito marcante, cuja lábia atinge até os níveis sociais mais caros. Ele conquista porque mostra seu lado agressivo, mas, ao mesmo tempo, mantém o carisma. É um personagem muito rico e de muitas nuances, que morre e volta ainda mais seguro, única e exclusivamente para dar amor a Flor, porque ela o chama?, revela Faria.

Antecipando o que espera o público de Curitiba, os atores alertam que é emoção – da alegria extrema de um carnaval até a tristeza da morte e a saudade.

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