Curitiba, paixão por arte flamenca

O flamenco ainda é cigano. A dança surgiu de um amálgama de múltiplas e antigas culturas, entre elas hindu, judaica e árabe. Manuel De Falla, compositor e estudioso da música espanhola explicou: “os ciganos, expulsos de vários países, percorreram a Europa num eixo horizontal e encontraram abrigo e tolerância na Andalucia, ponto de encontro de povos, culturas e religiões e trouxeram uma contribuição definitiva”.

Hoje, longe de ser apenas folclore espanhol, o flamenco é considerado uma arte universal, que, como toda arte genuína, encontra-se em evolução constante. Três são os elementos básicos desta arte: o violão, a dança e o canto. A música flamenca é dividida em estilos, que têm seu nome e características musicais únicas em progressão harmônica determinada, com seus próprios esquemas rítmicos chamados “compás”.

Devido ao grande número de admiradores, Curitiba, há algum tempo, vem sendo considerada uma espécie de “capital do flamenco” no Brasil. Trata-se da capital que possui o maior número de escolas, grupos e profissionais atuando no país, proporcionalmente a sua população.

Um dos locais onde se pode aprender dança é o Sesc Água Verde, que oferece regularmente cursos regulares de dança flamenca. O conteúdo das aulas aborda técnicas específicas como movimentos de braços, sapateado, ritmos e castanholas e ainda, coreografias. O Flamenco, além de ser uma arte e compreender também forte componente teatral, permite a manifestação de sentimentos pessoais e espontâneos, podendo ainda ser considerado um excelente exercício físico, pois fortalece os músculos, desenvolve a coordenação motora, aumenta a flexibilidade e corrige a postura, além de aliviar o estresse e ajudar na auto-estima.

A instrutora do curso, Renata Candelot, dedica-se à dança flamenca desde 1991. Ela se especializou na Espanha, e complementou seus conhecimentos com a dança clássica e moderna.