Enfim, boas notícias para a capital paranaense! A cultuada banda Weezer, do nerd mais adorado do mundo indie, River Cuomo, está confirmada como a primeira grande atração da terceira edição do Curitiba Rock Festival, dia 24 de setembro. Mais uma vez mostrando grande desenvoltura, a produção do festival, que esse ano muda de semestre e de nome, anunciou mais uma mudança de datas, de 2 e 3 para 24 e 25 de setembro.
A Hang the DJ já tinha antecipado que a banda seria uma das possíveis atrações do CRF numa coluna em fevereiro. A vinda do Weezer é uma grande alento para os curitibanos, que estavam ficando para trás enquanto se confirmavam atrações de peso para festivais e shows no Rio de Janeiro, São Paulo e até mesmo Porto Alegre. Ainda não há informações sobre demais atrações e nem o local onde vai acontecer o Festival, que no ano passado esquentou a fria Pedreira Paulo Leminski com o show inesquecível do Pixies numa apresentação exclusiva na América do Sul, além do Teenage Fanclub.
Emergido da onda post-punk em 1993, o Weezer é uma das mais populares bandas alternativas dos EUA, e é um dos pioneiros do power pop como o conhecemos hoje. Mesclando melodias leves com doses de metal farofa dos anos 70, com particular inspiração no folclórico Kiss, o Weezer foi uma das primeiras bandas a ter geeks como integrantes e obter sucesso nas rádios universitários americanas. Hits dos dois primeiros discos, como "Undone (The Sweater Song)", "Buddy Holly" e "Say It Ain’t So", fizeram com que seus integrantes, mesmo avessos ao estrelato, arrebanhassem fãs ao redor do mundo, em especial o vocalista Cuomo, que leva a música como hobbie, já que continua se dedicando mais a sua carreira de acadêmico de Harvard do que em roqueiro.
Essa será a primeira vez que a banda se apresenta no País e deve fazer um show baseado no seu novo disco, Make Believe, que na opinião desse colunista, é bem fraquinho. O CRF pode ainda contar com a vinda do Fantomas, dos ex-vocalista do Faith No More, Mike Patton. (Atualizado em 11/07)
Ficando velho!
A banda se tornou uma das queridas desse colunista em 1995, quando mostraram ao mundo o disco Grand Prix. Como foi o mesmo ano em que o Oasis lançou What?s The Story, o sucesso dos escoceses acabou ofuscado. Em 1997, fizeram um dos melhores discos de power pop da história, Songs From Northern Britain. Foi o trabalho que gerou a porção de bandas ?fofas? que se seguiram ao relativo sucesso do Teenage, e que saíram do indie em direção ao mainstream, tendo como seus principais expoentes Travis e Coldplay.
Em 2000, lançaram o quase ?incomprável? Howdy, disco que não se encontra facilmente por aí, mas que traz as belíssimas ?I need direction? e ?Dumb Dumb Dumb?. Agora, 17 anos depois da sua estréia, o Teenage parece que finalmente envelheceu. Ou ao menos a fórmula de sucesso de seus discos. No novo álbum lançado na Inglaterra, os caras personificam o título Man-made (?homem-feito?, em português) e deixam de ser teenages. Man-made soa arrastado, preguiçoso, chato e anos luz das inteligentes, vibrantes e grudentas canções que marcaram o grupo.
Somente três músicas das 12 faixas do disco merecem atenção: ?It?s All In My Mind?, ?Cells? e ?Born Under a Good Sign?. A primeira, que abre o disco, lembra as melodias marcantes que sempre fizeram parte dos discos do Teenage. O refrão chega a ser cantável, mas não entraria nem numa coletânea de lados B. ?Cells? é uma balada no estilo power pop com um quê de anos 60 de gente como Byrds e Kings. ?Born Under a Good Sign? vai numa direção mais psicodélica, tentando dar uma ?modernizada? no som dos escoceses. E é só. No restante do disco você ouve alguns segundos e, irritado, passa rapidamente para a próxima faixa. Para quem ainda não conhece o trabalho do Teenage, não perca tempo com o disco. Vá atrás da coletânea Four Thousand Seven Hundred and Sixty-Six Seconds, lançada no ano passado.
Jovens para sempre
Eba! Acaba de sair na Inglaterra, fresquinho, o disco do The Subways, Young for Eternity. Claro que não dá para deixar de notar a coincidência do nome da banda com os atentados no metrô de Londres, mas esses londrinos ficam longe de sombrios. Fazendo jus ao título do disco, o trio expõe a velhice atual do Teenage Fanclub. Em ?Oh Yeah!?, parecendo concordar com a opinião desse colunista sobre o trabalho dos escoceses, disparam: ?These teenage years don’t last!?. Já comentados em outra coluna como uma das revelações do ano, o álbum é surpreendente!
Sua história começou a ser traçada no ano passado, quando o The Subways saiu vitorioso da Glastonbury Unsigned competition, e ganhou o direito de, em 2005, participar do Other Stage. Depois, lançaram dois singles muito bons, Oh Yeah e Rock?n?Roll Queen. Pronto, o hype estava formado. Com uma mistura impressionante de grunge das antigas e garage rock, no melhor estilo Mudhoney, com o alt-country do Kings of Leon, a banda fez dos singles duas das melhores faixas do ano.
Formado pelo vocalista e guitarrista Billy Lunn, a baixista Charlotte Cooper, que alternam o vocal em diversas faixas, e pelo baterista Josh Morgan, o The Subways criou um álbum bem dividido em baladas country acústicas, como em ?No Goodbyes?, e roque sujo com riffs da pesada, como em ?Holiday?. Vá atrás ainda de ?Somewhere? e ?At 1a.m.?.
Para comemorar o novo rebento, o grupo abrirá os shows da turnê do Oasis e Weezer. Hum, será que existe alguma chance de pintarem por aqui?
Meu jantar com Jimi
A história, supostamente real, fala de todo o oba-oba em torno do ?Verão do Amor?, em 1967, e da entrada da ?Era de Aquário?. Bem humorado, retrata a ida dos caras, após o sucesso instantâneo, para a louquíssima Londres, onde conhecem seus deuses, os Beatles. O filme faz uma descarada apologia à época de ouro do roque inglês, e esculhamba com John Lennon. O ponto alto é o encontro acidental do vocalista Howard Kaylan com Jimi Hendrix, em que acabam jantando juntos e performando um diálogo antológico.
Festivais…
Mas uma banda bacana que deve estar no Tim Festival 2005: Kings of Leon. O quarteto de Nashville, Tennessee – que tem um primeiro disco muito legal (Youth & Young Manhood) e um segundo bem abaixo da média (Aha Shake Heartbreak) ? deve ser uma das estrelas ao lado do The Strokes. O Tim está marcado para rolar de 21 a 23 de outubro. Mas vale lembrar que isso é tudo não oficial, já que a organização do festival não divulgou nada e também não confirma nada, mesmo os nomes divulgados aqui na semana passada.
E as atrações do Curitiba Rock Festival, finalmente, vão se delineando. A principal atração? Eu sei quem é, mas não posso falar. Semana que vem o segredo provavelmente será revelado! Mas adianto que é uma banda que a Hang the DJ já especulava sobre a possível vinda em fevereiro e cujo disco novo achei bem fraquinho! Quem será?
Programe-se
Com o frio que faz na capital curitibana, nada melhor do que festas movimentadas, ou ficar em casa mesmo. Como a programação desse final de semana está fraca, vão duas fofocas via blog da amiga Angel Inoue, o Aqui só tem Bafon: a Muzik vai fechar e a Vibe recebeu um grande investimento de uma marca de cigarros. Já a All Starz será realizada em novo lugar.
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No dia 15, tem novo projeto de festas estreando lá no Nico! A La Rock vai misturar indie e electro. Mais infos na próxima semana.
Indo
Se for liberado, pode ser que a coluna receba uma atualização no começo da semana revelando detalhes do Curitiba Rock Festival. Caso contrário, manteremos nossa programação normal.
Cheers