Silvio Santos nasceu em 12 de dezembro de 1930, na Lapa, Rio de Janeiro. Filho dos imigrantes Alberto Abravanel, de origem grega, e Rebeca Abravanel, de origem turca, seu nome de batismo era Senor Abravanel. Começou a trabalhar como camelô aos 14 anos e quem percebeu o talento de Silvio para a comunicação foi um fiscal da prefeitura carioca. Em vez de ser preso, foi encaminhado para um concurso na Rádio Guanabara, onde venceu 400 candidatos.

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O apresentador, que morreu neste sábado (17) aos 93 anos, trabalhou na Globo por 10 anos (1966 a 1976), tentou entrar a política se candidatando a Prefeitura de São Paulo duas vezes, em 1988 e 1992. Em 1989, Silvio tentou disputar a eleição presidencial de 1989, a primeira pelo voto direto após a ditadura militar, pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB). Como a candidatura do empresário foi oficializada 15 dias antes do primeiro turno, marcada para 15 de novembro, ela foi contestada por partidos adversários e barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fã de sorvete e alérgico a cosméticos, o empresário criou a sua própria fábrica, a Jequiti, uma linha de produtos antialérgicos. Segundo o SBT, emissora fundada por Silvio, a música preferida era “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de Vinicius de Moraes. Já os cantores favoritos eram Roberto Carlos e Julio Iglesias. O apresentador deixou seis filhas e 14 netos. Saiba outras curiosidades:

O nome verdadeiro, Senor Abravanel, é uma homenagem a Dom Isaac Abravanel, um ministro que salvou Portugal da falência no século 16. Disseram ao pai do apresentador que no Brasil não havia “dom”, apenas “senhor”. Por isso, o nome virou Senor Abravanel.

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Durante a infância, uma das maiores diversões de Silvio era ir ao cinema com Léo, seu irmão caçula, na Cinelândia, no Rio, e eles sempre tentavam entrar nas sessões dos filmes sem pagar. Em um certo dia nos anos de 1940, Silvio acordou gripado e com um pouco de febre, Rebeca, sua mãe, proibiu que a dupla fosse ao cinema No dia seguinte, ele descobriu que o cinema havia pegado fogo e várias crianças feridas.

O dono do SBT tinha uma leve tendência hipocondríaca e já confessou várias vezes que tinha medo de morrer.

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Além de Patrícia Abravanel, sequestrada em 2001, Silvio teve uma irmã vítima de sequestro, em 1992. Na época, Sara Abravanel era Diretora Regional do SBT. O caso aconteceu no Rio quando ela saiu de seu apartamento para trabalhar na emissora. A família não precisou pagar o resgate – os bandidos exigiam US$ 500 mil – porque a polícia conseguiu localizá-la por meio de escutas telefônicas e prendeu os homens. O sequestro durou cerca de 15 horas e ela foi resgatada.

Silvio Santos foi padrinho de casamento de Íris Abravanel, o que foi revelado pela própria Íris em uma entrevista ao Danilo Gentili. Na época, Íris tinha 19 anos, enquanto Silvio tinha 37, era separado e pai de Cintia e Silvia Abravanel, filhas do relacionamento com Maria Aparecida. O comunicador era primo do primeiro marido dela. A relação foi, de início, desaprovada pelo pai de Íris. “Meu pai, quando soube, ficou três dias de cama. Ele ficou louco e dava soco na parede.”

Ícone da televisão brasileira, o comunicador foi tema, por exemplo, do samba enredo da Tradição, em 2001. À época, o dono do SBT desfilou na Marquês de Sapucaí, onde foi ovacionado pelo público, ao lado de outras estrelas da emissora, como o locutor Lombardi, os apresentadores Gugu Liberato, Hebe Camargo, Ratinho e o humorista Carlos Alberto de Nóbrega. A escola de Madureira ficou na oitava colação. Naquele ano, a escola vencedora foi a Imperatriz Leopoldinense.

Ele também foi proprietário do banco Panamericano, o Banco Pan como era conhecido, vendido ao BTG em 2011, depois que um rombo bilionário foi descoberto.