Começa hoje a 19.ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, uma verdadeira maratona literária. São 1,5 milhão de livros expostos de 210 mil títulos diferentes (destes, 3 mil são lançamentos), 310 horas de programação cultural com consagrados autores nacionais e estrangeiros, e diversas atividades para crianças.
A Bienal abre para o público às 10h de hoje. A cerimônia oficial de abertura acontece às 11h, no auditório do Salão de Idéias, com a presença de Oswaldo Siciliano, presidente da Câmara Brasileira do Livro, Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, editores, autores e autoridades. Não é necessário fazer credenciamento prévio.
Pela primeira vez, o evento, considerado o terceiro maior do mundo no segmento editorial, acontece no pavilhão de exposições do Anhembi, maior e mais tradicional complexo de feiras de negócios da América Latina. São 320 expositores reunidos numa área de 57 mil metros quadrados, representando cerca de 900 selos editoriais e apresentando os grandes lançamentos literários do ano, dos mais diferentes gêneros e para os mais diferentes tipos de leitores.
Público deve compensar investimento de R$ 18 mi
Carlos Franco
São Paulo (AE) – A 19.ª edição da Bienal do Livro de São Paulo será movida por um investimento de R$ 18 milhões, que os organizadores esperam ser revertido em um público recorde de mais de 800 mil pessoas visitando o Parque de Exposições do Anhembi. Mais: estimulando os negócios desse setor, que movimentou cerca de R$ 2,7 bilhões no ano passado ante R$ 2,5 bilhões em 2004. E, apesar de novos meios de distribuição de conteúdo como iPod, internet e celulares, está em expansão.
No ano passado foram vendidos mais de 300 milhões de livros no País e o crescimento tem se mantido entre 10% a 12% de um ano para outro, mesmo que com queda no número de títulos. O que se explica pelo lançamento de livros mais sofisticados e outros, de preço de capa mais alto, que aproveitam a onda da procura para garantir melhores negócios aos editores, a exemplo da saga do bruxinho Harry Portter ou de compilações e releituras de Paulo Coelho, e ainda tudo o que se refere ao universo místico e religioso. Sem falar em edições de auto-ajuda e negócios, que têm se firmado como um filão de negócios, ao lado dos livros românticos de bolso. A expectativa de crescimento do mercado livreiro no País tem a ver ainda com a baixa taxa de leitura entre os brasileiros que consomem 1,5 livro por ano diante da média mundial de 10 livros, que ultrapassa 20 livros em países como a França. Qualquer aumento de renda tem impacto nesse setor.
Serviço: 19.ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Data: de 9 a 19 de março de 2006. Horário: das 10h às 22h. Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo SP.
