Crítico de arte reconhece que Curitiba está roubando a cena nacional

Curitiba está roubando a cena nacional no circuito das grandes exposições com as mostras geradas e trazidas pelo Museu Oscar Niemeyer. A afirmação é do crítico de arte, Fábio Coutinho, que produziu e coordenou a exposição de Daniel Senise. O público poderá visitar a mostra a partir desta quarta-feira (26), de terça à domingo, das 10h às 18h.

?Sem dúvida, o espaço é maravilhoso e a equipe é fantástica?, reconhece Coutinho. ?Me senti à vontade e tranqüilo em montar as obras de Senise, sobretudo porque fui acompanhado por uma competente equipe da casa?. O crítico considera dois fatores fundamentais para o bem sucedido trabalho realizado no museu curitibano: o espaço e a equipe de trabalho.

Para ele, a equipe é o fio condutor de todo o processo. ?O país tem museus deste porte e de arquitetura semelhante e, no entanto, não fizeram nem a metade do que conseguiu o Museu Oscar Niemeyer em tão pouco tempo. ?Maristela está com uma grande equipe e isso facilita o trabalho dos curadores e artistas?.

Coutinho ao falar sobre o conjunto de obras de Senise selecionadas para a mostra diz que o artista faz ?um recorte preciso, além de um panorama do período da retomada da pintura e seus desdobramentos na história recente da arte brasileira?. ?Senise é possivelmente o primeiro nome à cabeça, quando o assunto é Geração Oitenta ?aquela em que a produção artística contemporânea firmou-se e se expandiu?, enfatiza Agnaldo Farias.

O crítico afirma que a produção de Senise ?é das mais consistentes e, como tal, exige ser mais conhecida?. Não só a dele. Ele analisa que, em 2006, ainda se vive sob a paradoxal constatação de que, no Brasil, ?as artes visuais mantêm-se invisíveis, mas prosperam?.Um dos equívocos ensejados pelo desconhecimento e pelo repasse acrítico de informações superficiais insiste em localizar a produção dos anos 80 como fundamentada no binômio arte e prazer. A obra de Daniel Senise, como se confirma através dessa seleção de obras recentes, é uma prova contundente no que se refere à improcedência dessa noção.

Ele ressalta que se trata de uma obra marcada pela inquietude e pelo modo peculiar com que experimenta o tempo. ?E porque lida com ele, seu trabalho nunca é suave, efusivo e alegre. O tempo é um senhor grave, como suas telas em tons terrosos, arquiteturas sombrias e eloqüência silenciosa.?

Serviço:
Daniel Senise 2000 ? 2006
Abertura Convidados: 25/07, às 19h
Abertura Público: 26/07
Período de Exibição: até 05/11
Onde: Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico ? CEP: 80530-230
Telefone: (41) 3350-4400
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h
Preços: R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes identificados
(Crianças de até 12 anos, maiores de 60 e grupos de estudantes de escolas públicas, do ensino médio e fundamental, agendados não pagam)
Solicitação de Agendamento entre em nosso site
www.museuoscarniemeyer.org.br na pasta Ação Educativa, em Agendamento.

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