Crítica Radha Abramo morre aos 85 anos

Conhecida pela atitude pioneira de encomendar obras de arte para as estações do Metrô de São Paulo, morreu ontem, 24, aos 85 anos, de um enfarte do miocárdio, a crítica e historiadora de arte Radha Abramo. Atuante na imprensa nos anos 1970 e 1980, Radha sofria do mal de Alzheimer desde 2008 e estava internada numa clínica de repouso. Seu enterro será nesta quinta-feira, 24, às 11h30, no Cemitério da Consolação, em São Paulo.

Viúva do jornalista Cláudio Abramo (1923-1987), secretário de Redação do jornal “O Estado de S.Paulo” entre 1952 e 1963, com quem teve duas filhas, dividia com o marido a crença no poder da arte como atividade regeneradora da sociedade. Não por outra razão, seu trabalho como curadora teve como foco a arte produzida por nomes envolvidos com questões sociais. Como comissária adjunta da representação brasileira na Bienal de Veneza de 1986, por exemplo, ela selecionou artistas como a gravadora Renina Katz, cuja obra é marcada pelo engajamento político, levando ainda peças produzidas por comunidades indígenas, além de trabalhos do artista concreto Geraldo de Barros e Gastão Manoel Henrique.

Ela foi também curadora do acervo artístico do Palácio dos Bandeirantes (entre 1985 e 1998) e autora de vários livros de arte, como O Metrô de São Paulo: 1987-1991 – Tecnologia e Humanização, em coautoria com Marcello Glycério de Freitas, e Acervo Artístico Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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