Em outubro, ela chegou à televisão e deixou dúvidas sobre sua capacidade de ocupar o posto de oitava integrante do humorístico CQC (Custe o que Custar), da Band. As tiradas com os artistas não renderam, as críticas pipocaram e o boato de saída da atração foi inevitável. Porém, depois de três meses de férias e estudos, Mônica Iozzi diz estar preparada para encarar os 513 políticos da Câmara dos Deputados e do Senado – e colocar em prática o lado questionador que lapidou na faculdade de artes. A prova de fogo para a “mulher de preto” começa hoje, às 22h15, com a volta da atração à grade de programação da Band.
Mônica encara seu retorno com bem menos ansiedade do que na estreia. “Estou mais preparada”, diz. A tranquilidade vem da oportunidade que teve de se ambientar na capital federal. Foram três semanas de um verdadeiro mergulho no universo da política. “Da primeira vez, só fiquei um dia para uma cobertura da Câmara dos Deputados Mirins. Faz toda a diferença ficar mais tempo”, acredita.
Para não ser pega de surpresa pelos candidatos, Mônica lê notícias na internet relacionadas ao tema corrupção. “Não fico lendo todos os jornais do País. A função do CQC é fiscalizar a política, então eu foco nisso.”
Os entrevistados serão escolhidos de acordo com o assunto mais quente da semana. “É bom saber um pouco de tudo porque pode passar uma figura ‘preciosa’ do seu lado enquanto você está atrás de outra coisa”, diz. Na última semana, por exemplo, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), passou na frente da atriz. “Se eu não soubesse sobre a bagunça que está a candidatura dos vice-presidentes, iria perder a chance de questioná-lo.” Mônica especulou sobre uma possível parceria entre ele e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Michel ficou sem resposta e saiu andando.
Provocar esse tipo de reação nos políticos é a meta de Mônica para o período de eleição. Ela será a responsável pela cobertura presidencial. “Quem chega sem preparo no Senado é engolido.” Mesmo assim, ela não esconde ter suas fraquezas. Decorar o nome dos parlamentares, por exemplo, é uma delas. “É muita gente, mas preciso acertar. É mais ou menos na base do laço. Se eu errar o nome já era, o cara vai embora.”