O corpo do escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna está sendo velado no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, desde as 23 horas desta quarta-feira, 23, quando foi aberto à visitação pública. O caixão, na entrada do prédio, está envolto nas bandeiras do seu time, o Sport, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde ensinou, de Pernambuco e do Brasil.

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Ariano morreu aos 87 anos, às 17h15 de ontem, depois de dois dias internado na UTI neurológica do Hospital Português. Ele sofreu um AVC hemorrágico. O governador de Pernambuco, João Lyra neto (PSB) decretou luto de três dias no Estado.

“O maior legado que ele nos deixou é o carinho do povo”, disse sua filha Maria, diante das demonstrações de afeto e reconhecimento de populares. Muitos demonstram seu reconhecimento e afeto vestindo a camisa preta e vermelha do Sport. O cineasta Guel Arraes, amigo de Ariano e diretor do filme “O Auto da Compadecida”, destacou que Ariano viveu sempre de acordo com seus ideais e perto de suas origens. “Se tornou universal”, disse. “Foi um grande humanista e um homem de ação que tive o privilégio de conhecer, por laços familiares e de trabalho”.

Rivaldo do nascimento Silva, 46, conhecia Ariano como torcedor frequentador da Ilha do Retiro – estádio do Sport. “Ele é um símbolo pernambucano”, disse, vestido com a camisa do time.

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Algumas pessoas choram copiosamente ao prestar a homenagem a Ariano. A professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a pernambucana Ana Paula Campos Lima, 38 anos, era uma delas. Ele contou ter conhecido Ariano ainda estudante, em 1997. Interessada no Movimento Armorial, criado por ele, dirigiu um documentário sobre o tema que depois apresentou por todo o País. Segundo ela, nada teria sido possível sem o apoio do mestre, que lhe abria as portas da casa e sempre foi solícito. “Minha vida se confunde com Ariano, ele foi muito importante”, disse ela, ao resumir o escritor, que se tornou seu conselheiro e orientador, com duas palavras “generosidade e genialidade”.

O corpo de Ariano será enterrado às 16 horas no cemitério Morada da Paz, no município metropolitano de Paulista.

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