Eleito o filme do ano pela associação de críticos de Nova York e indicado a oito Oscars, incluindo as categorias de melhor filme, melhor diretor e melhor ator, Milk – a voz da igualdade chega hoje aos cinemas de Curitiba com a história baseada em fatos reais de um dos mártires do movimento gay internacional.

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Ativista dos direitos gays, Harvey Milk, protagonizado por Sean Penn, entrou para a história dos Estados Unidos na década de 1970, quando desafiou a sociedade da época e, junto com seu namorado, resolve morar em um bairro operário de São Francisco e reivindicar oportunidades iguais para as minorias.

Após algumas tentativas frustradas, Milk consegue se eleger para o quadro de supervisores de São Francisco em 1977, tornando-se o primeiro gay assumido a ser conduzido para um importante cargo público dentro dos EUA. Enquanto esteve no cargo, Milk liderou o movimento de oposição a uma proposta parlamentar que tinha a intenção de proibir professores homossexuais nas escolas públicas.

Após ser assassinado em 1978 dentro da prefeitura de São Francisco, Milk se tornou um importante símbolo na luta pelos direitos humanos não só dos homossexuais, mas também de idosos e operários. Sua militância fez com que fosse selecionado como uma das cem pessoas mais influentes do século 20 pela revista Times.

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Nos EUA, a estreia do filme aconteceu um dia antes do 30.º aniversário do assassinato de Milk, em novembro do ano passado. Levar a vida de Milk para as telonas era um sonho antigo do diretor Gus Van Sant.

Durante 15 anos, outros atores, como Robin Williams, Richard Gere, Daniel Day-Lewis e James Woods, também estiveram cotados para o papel que acabou ficando com Penn – e que têm recebido elogios de críticos do mundo todo por sua atuação.

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Produção

Para alcançar esse bom resultado, além do árduo estudo para o papel, a transformação de Penn incluiu novo corte de cabelo, uso de dentes e nariz com prótese e lentes de contato.

Esta é a segunda vez que a vida de Harvey Milk ganha os cinemas. Na primeira versão, em 1984, o documentário The times of Harvey Milk (1984), foi vencedor do Oscar daquele ano.

Foi ao assistir a este documentário e rever o discurso de Milk que o roteirista Dustin Lance Black colocou na cabeça que precisava trazer novamente esta história à tona.

“Em algum lugar de Des Moines ou San Antonio há um garoto gay que pode abrir um jornal e ler ‘Homossexual eleito em São Francisco’ e saber que há esperança por um mundo melhor, há esperança por um amanhã melhor”, disse Milk em seu discurso, que continua ecoando pelo movimento gay ao redor do mundo.