Todavia, diferentemente dos outros animais, além da sobrevivência física, temos que lutar pela sobrevivência mental. Ocorre que, devido à sua intensa atividade, nossa mente se mantém realmente ativa apenas quando construímos ou destruímos alguma coisa (na maioria das vezes a nós mesmos).
Portanto, viver no tempo presente é uma impossibilidade porque representa uma estagnação para o dinamismo mental da humanidade. Até mesmo os monges meditativos em seus mosteiros, apesar das aparências, vivem em função do passado e do futuro.
É claro que essa intensa e delirante atividade mental gera sofrimento. Por isso, dosá-la (ou não) faz parte da vontade, da conveniência e, principalmente, da possibilidade de cada um.
Djalma Filho é advogado
djalmafilho68@uol.com.br