Preservar o patrimônio histórico e artístico do Paraná e acompanhar os projetos da área, desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Cultura, são as principais atribuições dos conselheiros que tomam posse hoje no Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico. A solenidade acontece às 14h30, no Auditório Brasílio Itiberê (anexo à Seec), em Curitiba.
Completando 55 anos de atuação, o Conselho empossa 20 membros (dez titulares e dez consultivos) e na mesma data, em comemoração aos 50 anos de promulgação da Lei Estadual 1.211 (16 de setembro de 1953), que dispõe sobre o Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Paraná, a Secretaria estará outorgando certificados de reconhecimento a 27 pessoas e dez entidades que muito contribuíram para a preservação do Patrimônio Cultural do Paraná.
“Em 1948, mais precisamente no dia 15 de outubro, foi criado o Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, pela Lei 112. Apenas cinco anos depois, em 16 de setembro, foi promulgada a Lei Estadual 1.211, conhecida como “Lei do Tombamento”. Essa é uma das mais antigas leis estaduais sobre a proteção do patrimônio cultural”, conta Rosina Parchen, chefe da Coordenadoria do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura.
Graças à Lei do Tombamento, o Paraná pôde preservar e proteger mais de 150 bens, entre eles a Serra do Mar, a Ilha do Mel, centros históricos como o da Lapa e de Paranaguá, diversos bens móveis, como o acervo do Museu Paranaense e ainda inúmeras obras de igrejas e imóveis, em todo o Estado. Desses bens imóveis, Rosina cita edificações do século XVIII, XIX e XX e outros representativos da contemporaneidade, como o conjunto da Reitoria da Universidade Federal do Paraná, a antiga Estação Rodoviária de Londrina, projeto do arquiteto paranaense João Vilanova Artigas, construída na década de 50, e a Casa Kirchgassner, do próprio arquiteto, localizada em Curitiba.
Pioneiros
Entre os primeiros bens tombados no Paraná estão: Vila Velha, Furnas e Lagoa Dourada, em Ponta Grossa; Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, Igreja da Irmandade de São Benedito, ambas em Curitiba, e o Castelo do Batel, antiga sede da Rede Paranaense de Comunicação, entre outros.
Ao Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico compete a colaboração na formulação, acompanhamento e execução dos projetos desenvolvidos pela Seec. A presidência fica a cargo da secretária de Estado, Vera Mussi, que indicou pessoas de notório reconhecimento na área. Todos já foram nomeados pelo governador do Estado, Roberto Requião.
Os conselheiros são: José La Pastina Filho, Igor Chmyz, Maria Tarcisa Bega, Carlos Frederico Marés de Souza Filho, Saint Clair Honorato Santos, Teresa Urban, Pe. Aleixo W. de Souza, Rodrigo Rocha Loures, Roseli Terezinha Bochilia e Oldemar Blasi. Como consultores, tomam posse hoje Paulo Sidney Ferraz, Paulo Salamuni, Antônio Senival Silva, Wilson Loureiro, Luiz Marcelo Bertoli de Mattos, Maria Luiza Valenti Piermartiri, Neuza Gomes Lopes, Luiz Salvador Gnoato, Rudi Arno Seitz e Tereza Jussara Luporini.
