"A dor está no estranho, o prazer no novo, o paraíso de cada um pode ser o inferno dos outros." A frase é do desenhista Antoni Wroblewski que abre a exposição Paraíso nesta terça-feira (4), no hall do segundo andar da Biblioteca Pública do Paraná. A mostra, que reúne 10 trabalhos com giz de cera e detalhes em diversas técnicas, como a colagem e tinta a óleo, ficará em cartaz até o próximo dia 15.
"O paraíso de cada um pode ser comporto dos contrastes mais temerosos de nossa mente. Onde se encontra a tenra linha entre dor e prazer, razão e insanidade, desejo e repulsa-" O questionamento de Wroblewski serve para explicar a exposição que tem dois focos distintos: Os aspectos plásticos, traçados com material pouco nobre, o giz de cera escolar, são a base de toda produção. Os bastonetes de cera coloridos traduzem apenas linhas de cor que, quando saturadas, formam massa de cor concebida pela linha. Pode-se dizer, assim, que é uma pintura com a linha, onde é agregada ao trabalho de se explorar massa de cor produzida pelos riscos dos bastonetes. A lógica usada se assemelha ao impressionismo, porque ao observar as imagens de certa distância, as linhas se fundem tornando-as em massas pictóricas.
Confronto
Outro ponto planejado por Wroblewski é o confronto de linguagens artísticas: colagem, passando ao grafite, até a pintura. "Busca-se, assim, não se prender apenas a um único tipo de material e efeito, onda a quebra estabelece determinados pontos da obra que tem importância própria na composição. Os aspectos temáticos se fundamentam entre confrontar o conceito popular com o real significante, buscando a forma alternativa de ser ver e questionar as concepções prédeterminadas pela sociedade.
Wroblewski é estudante de Educação Artística e Artes Plásticas da Universidade Federal do Paraná. Já participou de uma série de coletivas e é a segunda individual na Biblioteca Pública do Paraná.
Serviço
Exposição Paraíso
Data: 4 a 15 de abril
Local: Hall do 2º andar da Biblioteca Pública do Paraná – Rua Cândido Lopes, 133