Nas entrevistas que deram ao jornal O Estado de S. Paulo sobre Mulheres Alteradas – que estreia nesta quinta-feira, 5 -, Alessandra Negrini e Deborah Secco falaram de suas personagens no longa de Luis Pinheiro, uma adaptação da HQ da argentina Maitena Burundarena.

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O filme conta as histórias cruzadas de quatro mulheres em momentos críticos de suas vidas. Alessandra (que vive a personagem Marinati) fez uma confissão interessante. Embora interprete a mais poderosa e independente das quatro alteradas, disse que entendia todas pelo simples motivo que elas lhe pareciam a mesma mulher em diferentes momentos, e ela já passara por todos. Deborah, que interpreta Keka, que tenta salvar seu casamento, disse que se identificava mais com o marido Dudu – vivido por Sergio Guizé -, que empurra com a barriga e deixa para a mulher a decisão de terminar com o casamento.

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Monica Iozzi, que faz Sônia, com dois filhos para criar e sonha com um fim de semana de solteira, identifica-se mais com a irmã da ficção, que vai ajudá-la na tarefa. Monica também faz a confissão mais curiosa. “Quando vim para São Paulo para fazer teatro, meu primeiro emprego foi na Livraria Cultura, no setor de arte. E foi lá que descobri a Maitena, que estava saindo no Brasil naquele momento. Maitena costuma dizer que as mulheres não são iguais, mas passam pelas mesmas coisas. E eu me encantei ao descobrir que essas coisas são mesmo iguais, no Brasil, na Argentina e não sei onde mais. Mas é preciso uma sensibilidade especial para captar e expressar isso.”

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Mulheres Alteradas não nasceu como um projeto do diretor Luis Pinheiro. A proposta partiu da produtora O2. Mas por que um homem se interessa por essas histórias de mulheres? “Porque eu gosto delas, ora. Com a Andréia Barata, produtora, e o Caco Galhardo, roteirista, buscamos na Maitena as questões atemporais. Os pensamentos que não se conectam com o momento, mas que vão sempre pintar na cabeça das mulheres. E havia também uma questão de forma. Como adaptar a linguagem dos quadrinhos para o cinema? Como conciliar com o plano-sequência, que me atrai muito. Esse foi o desafio.” Pinheiro conseguiu. As comédias brasileiras têm tentado e, às vezes, conseguido expressar as questões urgentes das mulheres. Mas com uma proposta sólida e eficiente de linguagem, é a novidade de Mulheres Alteradas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.