Comunidade nipo-curitibana realiza o Hana Matsuri

No próximo fim de semana (14 e 15 de abril) a Praça do Japão recebe o Hana Matsuri 2012, primeiro evento promovido este ano pela comunidade nipo-brasileira de Curitiba. Apresentações de dança, artes marciais e taikô (tambores típicos da cultura japonesa) fazem parte da programação do evento, que comemora o nascimento de Buda. Ao longo dos dois dias, as atrações incluem também barraquinhas de culinária japonesa e promove a exposição e venda de produtos artesanais típicos, como bonsai, kimono, origami, arte em bambu e mangás, entre outros.

Na programação do festival, que comemora o nascimento de Buda, estão ainda o cortejo dos monges, que abre o evento na manhã de sábado, e a cerimônia do Kanbutsue, banho de chá dado em uma pequena estátua do Buda, a fim de garantir paz e sorte para o resto do ano.

No sábado, dia 14, o Ligh, Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade da UFPR, e o Hospital Erasto Gaertner também participam do evento promovendo uma ação de conscientização e cadastramento de doadores voluntários de medula óssea. “Para fazer o cadastro como doador voluntário de medula óssea, basta ter entre 18 e 54 anos, apresentar um documento de identidade e colher uma amostra sangue”, explica a geneticista Maria da Graça Bicalho, coordenadora do Ligh. Os indivíduos cadastrados terão seus nomes integrados ao Redome – Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea, um programa do Ministério da Saúde direcionado a pacientes que necessitam do transplante e não encontram doador compatível na família.

Embora o Brasil conte com o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo – atrás apenas dos Estados Unidos e a Alemanha, segundo informações do INCA, Instituto Brasileiro do Câncer, 1013 brasileiros esperam hoje por um doador compatível. O transplante de medula óssea é a única esperança de vida de muitos dos pacientes portadores de linfomas, leucemias e outras doenças do sangue.

No Brasil, uma das maiores dificuldades em encontrar um doador reside exatamente na grande miscigenação. “Com a mistura de raças que houve no Brasil, aumenta também a diversidade genética da população, tornando-se mais difícil para um doente encontrar um doador 100% compatível”, explica a geneticista. “Por isso, a importância em continuar ampliando o Redome e em fazer isso contemplando toda a diversidade étnica existente no País”.

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