Desde o início da história da Companhia do Feijão, grupo paulistano fundado em 1998, a vida e a obra do escritor Mário de Andrade inspiram suas pesquisas. Foi no ano seguinte, em sua terceira peça, O Ó da Viagem, que a trupe o levou ao palco pela primeira vez, em um texto que misturava as experiências da companhia com as de Mário em viagens pelo Nordeste.
Nesta quarta-feira, 25, nos 70 anos da morte do escritor, o grupo apresenta o projeto Feijão Celebra Mário de Andrade, com espetáculos em espaço convencional e de rua, leitura cênica e um sarau. “Ele nos influencia como criador e como pensador”, diz o diretor da companhia, Pedro Pires. “É um dos grandes responsáveis pela arte no Brasil, pelo nosso pensamento artístico.”
O ciclo de eventos é a prévia de uma programação maior, de dois meses, que o grupo apresentará por volta de setembro, no Sesc Ipiranga. O projeto, que tem o nome provisório de 70 Anos sem Mário de Andrade, tem a estreia de Manoela, peça construída com base em correspondências do escritor, e remontagens de trabalhos como O Ó da Viagem e Armadilhas Brasileiras.
É Armadilhas… que abre, nesta quarta, as homenagens a Mário. Na quinta-feira, 26, Pires ministra a palestra Da Inspiração à Transpiração, que parte do texto O Artista e o Artesão. As atrações se encerram no domingo, 1, com a peça Macunaíma no País do Rei da Vela, com a Cia. Antropofágica. Confira a programação completa em companhiadofeijao.com.br. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.