Enquanto todos aguardam X-Men 2, que entra em pré-estréia na semana que vem, e Matrix Reloaded, que chega em maio, uma comédia romântica entra timidamente em cartaz hoje. Trata-se de Como perder um homem em 10 dias, de Donald Petrie, com Kate Hudson e Matthew McCounaghe.
Despretensioso, o filme pode assegurar duas horas de bom entretenimento, para quem entrar no cinema disposto a isso. A produção não foge aos clichês do gênero, os encontros e desencontros que culminam num desfecho feliz e adocicado. Mesmo assim, quem já viu garante que Kate Hudson e o ritmo ágil da produção proporcionam boas gargalhadas.
Kate Hudson é Andie Anderson, uma jornalista de sucesso que assina uma coluna de moda numa grande revista feminina. Cansada de frivolidades, decide conquistar espaço para tratar de temas mais “consistentes”, como política, economia e religião. Mas, para isso, precisa fazer uma boa matéria com o tema “Como perder um homem em 10 dias”.
No lado oposto do “ringue”, Matthew McCounaghe é Benjamin Barry, um publicitário que, para provar que é capaz de assumir a conta de uma joalheria especializada em diamantes, precisa fazer uma mulher se apaixonar em dez dias. Numa festa, uma colega rival de Ben reconhece a jornalista, e o desafia a conquistá-la. Ou seja: enquanto ela faz tudo o que repulsa os homens, ele se encarrega de tentar seduzi-la a qualquer preço. E está feita a confusão.
Atenção, roteiristas
Estão abertas as inscrições para o Concurso Nacional de Roteiro: Cidade dos Homens, que será realizado entre 12 de maio e 10 de julho pela Associação Cultural Educação e Cinema (Educine), em parceria com o Cinusp Paulo Emílio da Universidade de São Paulo. O vencedor participará de um projeto junto à equipe de roteiristas da O2 Filmes, mesma produtora de Cidade de Deus. O interessado precisa apenas se inscrever no workshop de Roteiro à Distância, cujas aulas serão ministradas pela internet. Inscrições pelo tel. (11) 3120-7835 ou pelo site www.cinematico.com.br.
“Estamos em busca de novos roteiristas que possam vir a ser futuros parceiros”, adianta Fernando Meirelles, diretor do Cidade de Deus, observando: “Creio que o roteiro ainda é um gargalo da produção brasileira. Muitos diretores assinam os próprios roteiros, o que tende a deixar os filmes muito autorais ou subjetivos. Um profissional não envolvido tão passionalmente com a história pode sempre ver um determinado filme com mais distanciamento e ajudar o diretor a aproximá-lo do público. Fiz questão de não assinar o roteiro de Cidade de Deus, embora tenha me envolvido bastante, justamente por reconhecer que o roteirista é um profissional com conhecimento muito específico, que aliás não possuo”.