O 15.º Festival de Teatro de Curitiba estréia hoje com a apresentação de 46 espetáculos em diversos espaços da cidade. Pela mostra contemporânea sobem ao palco quatro peças: Hygiene, Mirandolina, O auto do circo e Prego na testa; pela mostra infantil estréia O cirandeiro, e outros 41 espetáculos que fazem parte da Mostra Fringe agitam o grande público nas ruas, teatros e bares.
Até a tarde de ontem, a bilheteria central, localizada no Shopping Omar, já haviam esgotado a venda de ingressos das peças Amores surdos, da companhia mineira Espanca!, com apresentação dias 24, 25 e 26, e O amor imortal de Antônio e Cleópatra, do Rio de Janeiro, que se apresenta nos dias 21 e 22 de março.
A corrida por bilhetes tem levado centenas de pessoas, de diferentes idades e classes sociais, a participar de filas, principalmente nos horários de almoço e após o expediente (18h), em busca dos últimos lugares para acompanhar as exibições da mostra principal. Na terça-feira à noite, o shopping todo parecia respirar teatro, esperar na bilheteria e rabiscar o guia. Sentados em baquetas com o guia de programação aberto e caneta na mão, os estudantes de engenharia química Daniel de Amaral Camargo e Alessandra Cristina Ribeiro procuravam uma peça cômica e um preço baixo. "Estamos na expectativa de acompanhar o festival pela primeira vez, confessou Alessandra. Para Daniel, essa é uma boa oportunidade para o público deixar um pouco o cinema de lado e experimentar o teatro. "Às vezes o público fica acostumado com o cinema e esquece do teatro, que é muito mais emocionante e real", opina.
Enquanto alguns esperavam por sua vez acompanhando a programação, outros se distraiam com uma porção de artigos e enfeites à venda no quiosque instalado ao lado da bilheteria do Omar Shopping. Com produtos variados que custam desde R$1 (adesivos) até R$37 (máscaras de enfeite), o público pode escolher entre artigos de papelaria, chaveiros, pastas e outros. "O que mais tem saído são as camisetas", contou a vendedora do quiosque.
Para o casal Sérgio Frankiv e Alice Frankiv, as comédias são as melhores opções, embora também se interessem por drama. "Em 2005, assistimos a um drama muito bom com o Paulo Autran e viemos aqui para comprar entradas para O amor imortal de Antônio e Cleópatra, mas estão esgotadas. Já estamos escolhendo outro espetáculo", disse.
Enquanto a fila ia andando, os assentos para a mostra contemporânea ficavam cada vez mais escassos. Até as 15h de ontem, a bilheteria ainda não tinha esgotado as entradas de outro espetáculo, mas muitos estavam com meia lotação e outros com os respectivos teatros quase lotados. Dos ingressos para a peça Fala Zé, comédia biográfica do ator José de Abreu, com apresentação nos dias 25 e 26, só restara um entrada. "Agora tem, mas daqui alguns minutos com certeza não terá. A procura tem sido boa e acredito que até em suas estréias as peças principais terão lotação completa", afirmou Jean, um dos encarregados da bilheteria.
Serviço:
Os ingressos para o festival podem ser adquiridos na bilheteria central, no Shopping Omar, ou nos respectivos teatros. Uma hora antes do início de cada peça, os ingressos para a mostra infantil e Fringe deixam de ser vendidos na bilheteria central e passam a ser vendidos apenas no próprio espaço até o início da peça. Na mostra oficial acontece o mesmo, só que com duas horas de antecedência. Os produtos com a marca do festival podem ser adquiridos no Omar ou no Solar do Rosário. Mais informações no site www.festivaldeteatro.com.br.