Sabe aquela resposta ácida, ou aquele comentário mordaz inesperado? Disso todo mundo já sabe que o doutor Gregory House é capaz – a qualquer hora, qualquer lugar, qualquer circunstância. Mas o médico (e louco) mais carismático dos últimos tempos conseguiu surpreender um pouco mais. Vale relembrar o fim da sétima temporada de House: arrasado com a definitiva separação com a doutora Lisa Cuddy (Lisa Edelstein) e a vendo em um jantar romântico com outro sujeito, o personagem interpretado por Hugh Laurie esborrachou seu carro e invadiu a casa da ex-namorada – invadindo, literalmente, a sala de jantar da moça.
House, que já tinha começado a quinta temporada se internando numa clínica de reabilitação para tratar a dependência de Vicodin, um poderoso analgésico, começa a oitava temporada de maneira igualmente decadente: atrás das grades. A estreia vai ao ar hoje, às 22h, no canal Universal Channel.
Mas essa não é a única mudança por que a série passará nessa nova leva de capítulos. Durante as negociações para mais um ano de gravações, Hugh Laurie chegou a afirmar que não gostaria mais de interpretar o personagem por tanto tempo. Sua parceira de cena, Lisa Edelstein, por sua vez, não entrou em acordo salarial e não exibirá mais seus belos olhos azuis no seriado. Já Olivia Wilde, intérprete da decidida médica Thirteen (ou Treze), fará aparições cada vez menores, em decorrência ao grande número de convites para atuar no cinema. Somente neste ano ela surgiu em cinco filmes diferentes na telona, entre eles o misto de ficção com faroeste “Cowboys & Aliens”, ao lado de Daniel Craig e Harrison Ford.
Contudo, o doutor House não ficará desacompanhado. Já na estreia, dentro da prisão, entre maníacos sexuais, assassinos e psicopatas, o médico conhecerá a doutora Dra. Jessica Adams, interpretada pela morena Odette Annable. O encontro é casual e House, desaforado como sempre, resolve se intrometer num diagnóstico. A nova médica tem qualidades (físicas) para logo se tornar um bom reforço para a equipe do médico.
Ainda não se sabe se este será mesmo o derradeiro ano de House. É fato que a série sofreu um desgaste natural com o passar dos anos, e o que vinha garantido ainda a preferência de muita gente deixou de ser os diagnósticos esdrúxulos há tempos. É o carisma do médico, seus dramas e suas mesquinharias. Tudo isso combinado num anti-herói manco, viciado e com um senso de humor incomum. Não por acaso Hugh Laurie ganhou dois prêmios do Globo de Ouro seguidos, em 2004 e 2005, nos dois primeiros anos, e, depois, só reuniu indicações.
Laurie, que já era um ator de comédia conhecido na Inglaterra, está planejando uma vida pós-“House”. Até um disco lançou. Mas o público talvez não esteja preparado para dar adeus ao personagem que fez todas as outras séries de drama hospitalar parecerem destinadas a criancinhas. As informações são do Jornal da Tarde.