Terror, fantasia, ficção científica, bizarrices, violência. Ingredientes do chamado cinema fantástico, eles não precisam vir necessariamente num mesmo filme. Estão diluídos nesse gênero da Sétima Arte, que atrai seguidores mundo afora e abastece festivais já tradicionais, como o de Sitges, na Espanha. Em São Paulo, o SP Terror – Festival Internacional de Cinema Fantástico chega à segunda edição, de hoje (com sessão do filme “REC2”, fechada para convidados) até a quinta da próxima semana (dia 8), com programação turbinada e mais salas de exibição. Além do Reserva Cultural, entram no roteiro CineSesc e Cine Favela Heliópolis, cineclube da comunidade da zona sul de São Paulo.

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“No começo de junho, imprensa e público queriam saber se haveria uma nova edição. Isso dá a certeza de que o evento já faz parte da agenda cultural da cidade”, afirma Vitor Meloni, um dos curadores do festival. Desta vez, um dos carros-chefe é o inédito “À Prova de Morte”, do diretor americano Quentin Tarantino, que estreia no Brasil com três anos de atraso: primeiro no festival e, depois, entra em circuito, com previsão para dia 16 de julho. O road movie de Tarantino foi exibido nos Estados Unidos em 2007, dentro do projeto Grindhouse, uma sessão dupla que trazia ainda o filme “Planeta Terror”, de Robert Rodriguez.

Para seguir os moldes das tais sessões duplas, populares na década de 70, cineastas como Rob Zombie e Edgar Wright foram chamados para realizar trailers falsos, projetados no intervalo entre “À Prova de Morte” e “Planeta Terror”. Com exceção do Japão, o resto do mundo só assistiu aos dois longas separadamente.

Sempre flertando com os elementos do cinema fantástico, Quentin Tarantino se assumiu no gênero com a história de um psicopata, interpretado pelo ator Kurt Russell, que usa seu carro para matar. Recheado de cenas de perseguições, sangue e climão anos 70, é um filme para ser visto na tela grande.

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Idealizado por Betina Goldman, com coordenação-geral de João da Terra, o festival exibe cerca de 30 títulos, com forte presença das produções estrangeiras. Neste ano, as obras nacionais estão todas concentradas na faixa dedicada aos curtas-metragens.

Da primeira edição, os organizadores mantêm uma mostra especial e outras duas competitivas: a Internacional e a Ibero-Americana. “Na mostra Ibero do ano passado, o vencedor foi Mangue Negro, do capixaba Rodrigo Aragão. Mas nesta edição, não temos brasileiros na disputa. Os filmes desse gênero feitos aqui são quase todos independentes”, explica Leopoldo Tauffenbach, do blog Cine Demência e que faz parte júri do festival. Na mostra Internacional, o polêmico “A Centopeia Humana”, de Tom Six, é indicado para quem tem estômago. As informações são do Jornal da Tarde.

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2º SP Terror – Festival Internacional de Cinema Fantástico. De hoje (para convidados) a 8 de julho. Reserva Cultural (Av. Paulista, 900). CineSesc (Rua Augusta, 2.075). R$ 13.