Quarenta e nove dias separam a entrega do Globo de Ouro para a cerimônia do Oscar. Houve um tempo em que se dizia que a primeira premiação, aquela que sempre foi vista como a responsável por abrir a temporada de prêmios para o cinema, indicava a temperatura e a possibilidade de vitória de determinado filme ou diretor. Esse tempo passou. O Globo de Ouro, neste domingo, 8, representa um misto de autobajulação da Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, os votantes dessa premiação e uma oportunidade se discutir se as escolhas dos vencedores foram equivocadas ou justas. A 74ª edição da cerimônia está marcada para este domingo, 8, realizada no hotel Beverly Hilton, em Los Angeles. No Brasil, a festa apresentada por Jimmy Fallon será transmitida pelo canal por assinatura TNT, a partir das 22h.

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A grande questão do Globo de Ouro é dividir suas categorias. Não há uma escolha pelo melhor filme ou melhor série de TV – sim, é sempre importante lembrar que o Globo também vota nas melhores produções para a telinha. As categorias se dividem entre melhores filmes e séries de comédia/musical e drama. O que, no ano passado, gerou um descontentamento. Embora com um bom timing de piadas por parte do seu protagonista Matt Damon, a ficção científica dramática Perdido em Marte foi escolhida como melhor longa de comédia e drama. Até Damon também ficou com um Globo como melhor ator nesta categoria. Depois de tanto chiado por parte do restante da crítica e até da indústria, a associação decidiu mudar suas regras. Filmes dramáticos com tons de comédia, caso de Perdido em Marte, dirigido por Ridley Scott, concorrerão com outros dramas.

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Outras das questões da temporada de premiações do cinema no ano passado foi a falta de representatividade de atores e diretores negros entre os indicados e vencedores. O fato criou a hashtag no Twitter de #oscarsowhite, algo como “Oscar muito branco”, em tradução livre. O Globo, ao menos, indica uma mudança de comportamento, enfim. Há grandes produções, como Moonlight – Sob a Luz do Luar, Estrelas Além do Tempo, Fences e Loving, nenhuma ainda em cartaz no Brasil, que figuram entre as categorias de melhores filmes e têm seus atores negros listados entre os postulantes ao troféu. A tendência é que isso se repita nas premiações que virão ao longo destes dois meses.

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As duas forças no cinema deste ano – confira os favoritos para a TV no texto abaixo – estão em duas histórias que fogem da grandiloquência de 2016. Como melhor comédia/musical, o favorito da crítica é La La Land – Cantando Estações, de Damien Chazelle. O mesmo diretor e roteirista de Whiplash deixa a dureza do seu filme anterior, mantêm o flerte com o jazz e transforma a música numa história de amor mais leve entre Ryan Gosling e Emma Stone, ambos também indicados em suas categorias. O longa tem sete indicados e é o favorito a sair do Globo com força para o Oscar – mas, como sabemos, nem tanto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.