Se o YouTube é o paraíso dos vídeos caseiros, raridades para os fãs de música e tosqueiras afins, no Google Video o cardápio é outro: lançado em janeiro deste ano pelo gigante do segmento de buscas na web, o serviço fornece conteúdo oficial – e pago – da rede de TV CBS, da gravadora Sony/BMG, da liga de basquete NBA, entre outros. Também diferentemente do YouTube, o serviço de vídeos do Google (http:/video.google.com) permite que os usuários façam download do conteúdo para o computador ou para dispositivos portáteis, como o iPod Video e o PSP, da Sony.
O único – e principal – problema para nós, brasileiros, é que boa parte desse material, que inclui episódios inteiros da série CSI, videoclipes e filmes, não é acessível para nós. Como a loja de música digital da Apple, iTunes Store, o Google Video detecta a localização do seu computador e barra o acesso ao arquivo, caso esteja fora de sua área de interesse comercial.
Isso não significa que não dá para se divertir no Google Video. Da mesma forma que o YouTube, o serviço funciona como uma comunidade e permite que usuários cadastrados postem seus próprios vídeos para apreciação geral.
Dois aspectos importantes dão vantagem ao Google diante de seu principal rival nesse campo. Um é a qualidade geralmente superior da compressão de imagem dos vídeos. Outro é o fato de o Google Video não estabelecer limite de tempo para os vídeos hospedados – o YouTube, recentemente, decidiu não aceitar mais vídeos com duração maior que 10 minutos.
Comendo pelas bordas, há diversos outros sites tentando abocanhar um pedacinho do filão dos vídeos online, um dos quais é o Vimeo (www.vimeo.com). Quase tão "antigo" quanto o YouTube, o serviço também foi criado por uma dupla de amigos de faculdade que sentiu necessidade de uma ferramenta para compartilhar vídeos.
Inspirado em serviços como o Flickr (de hospedagem de fotos) e o Del.icio.us (de compartilhamento de favoritos), o Vimeo tem uma interface simples e leve. Para destacar os vídeos, usa o mesmo sistema de avaliação coletiva do www.digg.com, onde são os próprios usuários que definem a relevância ou não de um item recém-postado.
A quantidade de vídeos disponíveis no Vimeo, no entanto, é bem inferior à da concorrência: "só" 40 mil. Se existe um serviço que pode vir a tirar o sono do YouTube, nos próximos meses, é o Myspace.com. Mais popular site de relacionamento social dos Estados Unidos, nos moldes do "nosso" Orkut, o site – que antes era parceiro do YouTube quando o assunto era vídeos – passou há pouco a oferecer também hospedagem de seus próprios filmes.
A ironia é que, atualmente, 20% dos usuários que desembarcam no YouTube chegaram ali por meio do MySpace. Parece que o MySpace – The Movie está prestes a ganhar continução: MySpace – A Vingança.