Dois irmãos, curitibanos, se juntam e resolvem fazer música. Ele com 35 anos, ela com 25. Depois de passar por algumas bandas cada um seguindo seu rumo, Paulo e Flávia Plombon formam um duo e, juntos, criaram o Projeto Chumbo, que traz uma musicalidade diferente e tem se tornado o principal chamariz dos curitibanos. Nesta semana, os irmãos lançaram clipe de uma de suas músicas e conversaram com a Tribuna do Paraná sobre o projeto.
Paulo contou que os dois sempre foram muito amigos, mas que ele nunca imaginou que um dia aquela irmã dez anos mais nova poderia ser sua parceira de trabalho. “Eu cuidava dela quando pequeno, sempre fomos muito ligados, mas a gente nunca imaginou mesmo que a música estava no sangue e que isso nos ligaria ainda mais”.
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Duo formado desde 2015, os irmãos – ele que é economista e ela psicóloga – buscam cada vez mais por um espaço. “A gente não está mais engatinhando, mas temos a noção de que ainda estamos dando os nossos primeiros passos. Ainda não estouramos, mas já temos fãs e gente que entende nossa música e recebe exatamente da forma que buscávamos levar”, comentou Paulo.
Sonoridade diferente
Com um som diferente do que vem sendo feito hoje em dia até mesmo pelos artistas do que chamamos de ‘nova MPB’, o Projeto Chumbo tem um som muito particular. “Nosso projeto surgiu para que pudéssemos fazer música que queríamos ouvir. Por isso, nem a gente consegue definir o que é o nosso som, porque ele é, na verdade, uma mistura de um pouco de tudo e muda conforme a música”, defendeu o músico, que disse perceber ser este ainda um ponto que o duo não explorou. “Por não termos uma sonoridade definida, isso começou a ser uma missão pra gente, de buscar onde nosso público está”.
Tanto nos shows, como também nas gravações, o duo toma conta de muitos instrumentos para fazer a sonoridade que espera, flertando com mais de 15 diferentes, mas entre eles está o ukulele, um instrumento que lembra um cavaquinho pelo tamanho, mas que tem som diferente. “E ele realmente é usado pela gente de uma forma diferente, porque começamos a nos apropriar do ukulele com versões de rock”.
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Sem superficialidade!
O duo curitibano do bairro Água Verde disse à Tribuna do Paraná que busca ser o contrário do superficial nas músicas. “É por isso que a gente ainda se sente sozinho no estilo que fazemos, num movimento que talvez estejamos criando. No começo a gente passa até vergonha, porque tem gente que não entende, mas pouco a pouco estamos percebendo que temos conseguido atingir mais gente”, disse Paulo.
A música que ganhou clipe nesta semana, O Ordinário não é pra Nós, foi gravada em 2017 e faz parte desse objetivo do duo, que é falar do que sente, mas não da forma que já é dita. “A gente busca fazer com que as pessoas reflitam. Nessa música, por exemplo, passamos às pessoas a essência de que elas podem ser quem elas quiserem, sem seguir padrões. Não sobreviver, mas sim viver”, explicou Flávia. Ouça a música e veja o clipe:
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Vem mais!
Ainda morando em Curitiba, o duo já tem planos de novos lançamentos e até um novo clipe já gravado. “Mas a gente sabe que tem que ser feito aos poucos e precisamos focar, então não temos pressa”, comentou a cantora. “De qualquer forma, a próxima música, que já temos o clipe pronto, tem muito a ver com Curitiba, então certamente nosso povo daqui vai se identificar”, completou Paulo.
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