ENTREVISTA – Vinicius Andrade, arquiteto

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Vocês dizem que o projeto do prédio do novo IMS partiu do encontro entre contemplação do museu e diálogo com a cidade. Como isso vai ser feito?

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O que faz especial a Avenida Paulista é o movimento no nível do chão. Precisávamos incorporar essa vida e ao mesmo tempo dar algo em troca. Então o piso da calçada entra no nível do lote, o restaurante fica no fundo, a calçada, que ali é mais curta, ganha um respiro. A partir dali, há a escada rolante para o quinto andar, onde fica a entrada do museu.

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O prédio também terá paredes translúcidas de frente para a avenida, é isso?

Sim. A ideia é estabelecer um diálogo bem específico, pois essa “pele” permite, da rua, observar os volumes mais fechados lá dentro. Entre esses volumes (salas) e a fachada de vidro estão os espaços de fruição do museu, onde as pessoas vão circular. Há também um movimento das luzes. À noite, o prédio se ilumina por dentro e fica muito mais transparente, como um Noguchi gigante. A ideia é equilibrar o contraturno da avenida.

Essa integração com a cidade, não só, mas também no aspecto arquitetônico, são ideais muito contemporâneos, não?

É uma preocupação muito contemporânea colocar o bem comum em primeiro lugar. É uma mudança de paradigma importante. Projetos tendem a se preocupar com essa relação antes de pensar o objeto arquitetônico em si. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.