Depois de “representar” a paratleta Bruna Alexandre na campanha “Somos Todos Paralímpicos”, ao lado de Paulo Vilhena, e enfrentar muitas críticas nas redes sociais, Cleo Pires esbravejou e deu uma resposta ácida em suas redes sociais.
“Nós emprestamos nossa imagem para gerar visibilidade. E é isso que a gente está fazendo. Meu Deus!”, disse em vídeo no Instagram. “Se não gostam porque são hipócritas, problema de vocês”, completou.
Ela e Paulo Vilhena apareceram como se tivessem deficiências físicas e causaram polêmica. Muitos internautas apontaram o mau gosto da iniciativa e disseram que faltou representatividade. A campanha foi produzida pela agência África para incentivar a venda de ingressos dos Jogos Paralímpicos.
No Snapchat, ela se estendeu e respondeu às críticas dos internautas. “Eu estou um pouco passada com a hipocrisia das pessoas em relação à campanha. As pessoas não entenderam que estamos representando dois atletas paralímpicos. Essa campanha foi endossada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e pelos atletas paralímpicos brasileiros. Essa campanha é para eles e eles gostam.”
Cleo também comentou sobre o uso do photoshop para simular a deficiência física. “Eu não teria como representar uma pessoa que não tem um braço se eu não tirar um braço no Photoshop, gente. E concordam que seria hipocrisia minha não respeitar o fato de a pessoa não ter um braço?”
Em comunicado à imprensa, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a agência África justificaram a ação. “A campanha com a participação dos embaixadores do movimento paralímpico brasileiro Cleo Pires e Paulo Vilhena tem o apoio do CPB. O objetivo da campanha é chamar atenção para as pessoas com deficiência num momento em que o Brasil se aproxima dos Jogos Paralímpicos. De acordo com as estatísticas oficiais, um em cada quatro brasileiros tem algum tipo de deficiência. Mas essas pessoas ainda são, em grande maioria, invisíveis na nossa sociedade. Os atletas estão presentes em outras fotos e ficaram muito felizes em participar da campanha.”