Cinesesc exibe ‘Pardais’, eleito como melhor do ano na 39ª Mostra

A da 39ª Mostra de Cinema de São Paulo prossegue até quarta-feira, 11, com a tradicional repescagem, somente no Cinesesc. Todos os títulos selecionados merecem atenção, mas existem os destaques. No sábado, a programação começa com O Culpado, de Gerd Schneider, que provocou sensação com sua história de pedofilia na Igreja. Outro programa importante do dia é Sabor da Vida, longa da japonesa Naomi Kawase que ganhou o prêmio do público na categoria ficção. No domingo, 8, o júri poderá conferir se o júri acertou ao premiar Pardais. A história é sobre esse garoto que se sente deslocado ao viajar para a casa do pai. Estão distantes um do outro e o jovem também não reconhece mais os antigos amigos, a paisagem.

Antes de Pardais, também no domingo, o Cinesesc vai abrigar o musical All That Jazz – O Show Deve Continuar, de Bob Fosse. Grande nome da Broadway, Fosse estreou no cinema com Charity, Meu Amor, a versão musical de As Noites de Cabíria, de Federico Fellini, com Shirley MacLaine na pele da personagem imortalizada por Giulietta Masina. Fosse nunca pensou no musical como um gênero ‘leve’. Cantou e dançou o nazismo em Cabaret. E, em All That Jazz, o tema é a morte, por meio da história de um diretor que sofre um ataque do coração e revisa sua vida no hospital. O filme dialoga com outro clássico de Fellini, Oito e Meio.

Homenagem

Geraldine Chaplin foi a presença mais encantadora na cerimônia de premiação da Mostra, na quarta-feira, 4, no Cinesesc. Integrante do júri que premiou Pardais, ela definiu o longa do islandês Rúnar Rúnarsson como um belo exercício sobre o rito de passagem da adolescência. “Coming of age”, disse, em inglês. Num vídeo que enviou à organização do evento, o cineasta agradeceu o carinho do público de São Paulo e disse que ia chamar a equipe “para abrirmos uma garrafa de champanhe e celebrar”.

O anúncio do prêmio da crítica para Os Campos Voltarão, de Ermanno Olmi, também foi seguido pela apresentação de um vídeo em que o octogenário mestre italiano formulou seus melhores votos para o Brasil e demais países da América Latina. “Tenho muita esperança no futuro de vocês. Auguri/Meus melhores votos”, desejou.

A cerimônia simples, apresentada por Serginho Groisman e pela diretora da Mostra, Renata de Almeida, foi cheia desses momentos emocionantes. Marina Person, que recebeu o prêmio da Mostra Juventude pelo longa Califórnia, que estreia em dezembro, lembrou que fez sua formação “nessas cadeiras” – “Foi a Mostra que me revelou o mundo e o cinema. Já estava feliz só por haver apresentado meu filme na Mostra. Ser premiada, então, superou toda minha expectativa”, disse ela, feliz da vida com o Troféu Bandeira Paulista, criado pela artista plástica Tomie Ohtake.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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