Cinemateca vai virar Centro de Referência, diz Borgneth

Em novembro de 2013, quando foi nomeado secretário do Audiovisual, Mario Borgneth afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que não traria grandes novidades, mas, sim, que daria continuidade aos projetos já em andamento e concentraria forças em unir cada vez mais o audiovisual brasileiro aos novos paradigmas de produção, difusão e distribuição que a tecnologia digital traz. Hoje, três meses depois, o secretário afirma que, após período de definição de prioridades, “está entrando em uma fase executiva interessante”.

“Se há uma novidade há uma tentativa de estar mais próximo e mais articulado com a Agência de Cinema Nacional de Cinema (Ancine). Estabeleci prioridades e focos, uma vez que o calendário excepcional que vamos ter este ano, com três grandes interrupções para carnaval, Copa e eleições”, disse Borgneth em conversa com o jornal O Estado de S.Paulo.

Uma das questões primordiais para o secretário é a convergência do sistema. Segundo ele, em linhas gerais, a atuação da SAV está mais do que nunca focada em englobar processos que vão desde a capacitação e formação de profissionais até o escoamento da produção. Neste ciclo de ações, há questões que vão desde o Canal da Cultura (que vai transmitir produções culturais e programas regionais), programas de regionalização e a capacitação de profissionais (com foco especial para roteiristas), e a nova fase da Cinemateca Brasileira.

A propósito, Mario, que substituiu Leopoldo Nunes (exonerado do cargo), passou na segunda pela Cinemateca, em São Paulo, para discutir, entre outras, os planos de ação para o órgão em 2014, que marca também o primeiro ano da entidade após a crise administrativa por que passou. “Precisamos achar um modelo que seja menos frágil do ponto de vista do controle e monitoramento. E criar condições para que o órgão funcione e cresça. É um processo. Já montamos um grupo de trabalho. Há membros do conselho (como Ismail Xavier e o professor Bresser Pereira) que vão fazer parte de uma comissão e nos ajudar a encontrar esse modelo”, contou.

“Enquanto isso, a Cinemateca vai continuar seu exercício. Não há outra maneira. Sem contar que planejamos a transformação da Cinemateca em um Centro de Referência Audiovisual, que será construído no espaço que o órgão possui na Vila Leopoldina. Há uma grande demanda para o armazenamento dos dados culturais, conteúdo de TV, além do acervo de órgãos como a Funarte e Ancine”, explicou. “Já para suprir o quadro de funcionários, que desempenhavam funções específicas e deixaram o órgão, vamos, entre outras, aplicar muita energia e recurso para formar mão de obra qualificada”, adiantou o secretário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo