A última vez que o Brasil figurou entre os indicados do Oscar foi em 2004 com Cidade de Deus. “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” de Daniel Ribeiro era o escolhido para concorrer a melhor filme estrangeiro este ano, mas não conseguiu entrar na lista. Isso não quer dizer que o País estará sem representantes. Na categoria documentário, O Sal da Terra tem direção dividia pelo alemão Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado. A produção França-Itália-Brasil segue os passos do lendário fotógrafo Sebastião Salgado.

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O azar, a falta de incentivo à sétima arte e a simples injustiça fizeram com que o cinema nacional participasse poucas vezes da premiação, sendo que em nem uma delas trouxemos uma estatueta para casa. Alguns dos grandes diretores do Cinema Novo, como Glauber Rocha e Nelson Pereira do Santos, sequer foram indicados pela Academia.

Veja as produções brasileiras que já fizeram parte da maior festa do cinema:

ORFEU DO CARNAVAL

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O filme do diretor Marcel Camus ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1960. Apesar da co-produção França-Itália-Brasil, atores brasileiros e a própria história ter sido baseada em uma peça de Vinicius de Moraes, a vitória não é considerada brasileira pela Academia.

O PAGADOR DE PROMESSAS

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Indicado a melhor filme estrangeiro em 1963, O Pagador de Promessas tinha a jovem Glória Menezes em seu elenco. O vencedor neste ano foi o francês Les Dimanches de Ville d’Avray.

BEIJO DA MULHER ARANHA

O Beijo da Mulher Aranha, do argentino naturalizado brasileiro Héctor Babenco, recebeu 4 indicações em 1986, inclusive a de melhor direção. Como a produção era americana, não foi possível a indicação a melhor filme estrangeiro. William Hurt ganhou o prêmio de melhor ator e foi o único da equipe a ganhar alguma coisa.

O QUATRILHO

O Quatrilho quebrou um jejum de 34 anos. A última produção brasileira a ser indicada a melhor filme estrangeiro tinha sido O Pagador de Promessas de Anselmo Duarte em 1962. Entretanto, o diretor Fábio Barreto não conseguiu a estatueta.

O QUE É ISSO COMPANHEIRO?

A indicação de O Quatrilho reavivou o cinema nacional e dois anos depois O Que é Isso Companheiro? de Bruno Barreto também foi indicado a melhor filme estrangeiro. Mais uma vez a estatueta não veio.

CENTRAL DO BRASIL

Central do Brasil gerou uma grande euforia no cinema nacional em 1999. Além da indicação de melhor filme estrangeiro, a atuação de Fernanda Montenegro também rendeu a disputa de melhor atriz. A produção saiu de mãos vazias. Gwyneth Paltrow derrotou a veterana brasileira e A Vida é Bela de Roberto Benigni levou o melhor filme estrangeiro, o que provocou uma cena ímpar com a euforia do diretor italiano.

CIDADE DE DEUS

Sucesso de bilheteria, Cidade de Deus serviu para catapultar Fernando Meirelles como grande diretor. A curiosidade é que a produção, que é de 2002, não foi selecionada para melhor filme estrangeiro em 2003. Em 2004, entretanto, vieram 4 indicações: melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia.