"O cinema mexicano nunca esteve tão presente no Festival de Cannes como este ano", diz hoje a revista semanal Le Film Français, distribuída na pequena cidade da Riviera francesa onde se realiza a 61ª edição do principal festival da Europa. De fato, a temporada é boa para o México, que assiste ao sucesso de cineastas como Rodrigo Plá, diretor de "La zona" (2007).

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"Serão confirmados talentos descobertos aqui [em Cannes] com antecedência, como Fernando Eimbcke e Amant Escalante. É um bom resultado para um cinema que se dava por morto há 15 anos", diz a revista. Plá entra nesse grupo de talentos, respaldado pelo "êxito artístico de ‘La Zona’, que acaba de superar 100 mil ingressos vendidos na França". A nova produção do diretor mexicano, "Desierto adentro", fechará a seção Semana da Crítica deste ano em Cannes.

"É que encontramos um bom equilíbrio entre comédias populares locais e filmes estritamente de autor", explica Marina Stavenhagen, diretora do Instituto Mexicano de Cinematografia (Imcine), à publicação Le Film Fran & Daggerais. "Em 2007, 8,3% do cercado relacionado ao cinema mexicano esteve ocupado com produções locais", comemora.

Para favorecer a já positiva situação, o Imcine pretende investir os US$ 50 milhões de ajuda pública e privada ao cinema mexicano em 2007, criar uma rede de salas com preços menores para os filmes nacionais já em cartaz e tratar de manter uma boa visibilidade da produção local.

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