Em seu novo formato, o Cine PE havia preparado uma grande homenagem que agora vai ser póstuma. O ator e diretor José Wilker iria receber, na noite de encerramento, em 2 de maio, o troféu Calunga especial, por sua carreira. Agora, serão sua viúva e os filhos que subirão ao palco do Teatro Santa Isabel, palco da cerimônia de encerramento, para receber a homenagem (e o prêmio) do Recife. “A gente havia preparado a homenagem com tanto carinho. Mas vamos seguir adiante com ela. A morte do Wilker só deixou ainda mais claro quando o audiovisual e o teatro devem a esse grande artista”, ressalta Sandra Bertini.
O festival também homenageia Laura Cardoso, grande dama da interpretação – no teatro, cinema e televisão -, e a láurea ocorre no Maracanã dos festivais, o Cine-Teatro Guararapes. “Por um problema de agenda de Laura, tivemos de antecipar a cerimônia, que será dia 29, terça-feira.” No encerramento, e também no Teatro Santa Isabel, haverá outra homenagem – aos 50 anos do clássico Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha. Sandra Bertini lamenta – “Tentamos conseguir uma boa cópia do filme para fazer a exibição, mas não conseguimos. O festival, de qualquer maneira, compromete-se a exibir Deus e o Diabo.”
É um dos objetivos da internacionalização. “Para nós, da organização, (Alfredo) Bertini e eu, o festival não se esgota nessa semana de referência, de 26 a 2 de maio. Estamos trazendo convidados internacionais para fomentar o intercâmbio, e depois pretendemos que o festival dure o ano todo por meio de oficinas e seminários. Temos compromisso com o social. Queremos fomentar não só o debate de ideias, mas a prática de cinema na região.”
Embora, tradicionalmente, a mostra de ficção seja a mais atraente para a mídia, as demais mostras, que também são competitivas, prometem obras importantes. Os documentários são – 1960 e Lembra-me, de Portugal, Corbiniano, do Brasil/Pernambucano, e O Mercado de Notícias, também do Brasil/Rio Grande do Sul.
O longa do gaúcho Jorge Furtado teve exibição recente no Festival de Documentários É Tudo Verdade. Os curtas nacionais são Ecce Homo e Linguagem, do Rio; Notícias da Rainha, do Paraná; Tubarão e No Movimento da Fé, do Pará; No Tiro do Cacamarte…
Explode a Cultura Pernambucana, de Pernambuco; e O Filho Pródigo, de São Paulo.
A mostra competitiva de curtas pernambucanos é formada por – Au Revoir, de Milena Tirnes; Frascos, de Ariana Nuala; Pontas de Pedros e Pedras, de Hermano Figueiredo; Rabutaia, de Brenda Lígia; Severo, de Danilo Baracho; e Tesouros do Araripe: os Fósseis e a Comunidade, de Tito Aureliano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.