Existem grandes atrações, na abertura e no encerramento, que prometem fazer do 14.º Cine PE, que começa hoje, uma das melhores edições do evento popularmente conhecido como Festival do Recife. Este ano, as sessões serão divididas – e a abertura ocorrerá no Cine-Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Olinda, que abrigar até 3 mil pessoas. O encerramento, dia 2, está programado para o restaurado Cine São Luiz, no centro histórico do Recife Velho.
Na abertura, um pernambucano ilustre – Guel Arraes – receberá hoje à noite a homenagem do Cine PE. Em retribuição, Guel mostra seu novo filme, “O Bem Amado”, com estreia prevista para daqui a três meses. “O Bem Amado” baseia-se na peça de Dias Gomes que originou uma lendária novela, na Globo. Marco Nanini substitui o glorioso Paulo Gracindo e as ‘irmãs Cajazeiras’ – personagens que ganharam o público na telinha e, dificilmente, deixarão de reproduzir o sucesso no cinema – são interpretadas por Andréa Beltrão, Zezé Polessa e Drica Moraes.
Outra adaptação que promete também passa fora de concurso – a de “Quincas Berro d’Água”, que Sérgio Machado adaptou do romance de Jorge Amado, com Paulo José. No encerramento, Rodrigo Pinto mostra, também fora de concurso, seu documentário “Continuação”, sobre o cantor e compositor Lenine, que é de Pernambuco.
Muitas atrações fora da competição, mas o Cine PE/Festival do Audiovisual selecionou seis longas que vão concorrer ao prêmio Calunga. Um deles já se encontra em cartaz em São Paulo – “As Melhores Coisas do Mundo”, o filme adulto que Laís Bodanzky conseguiu fazer sobre os jovens brasileiros, mas de tal forma que eles podem se identificar na tela, com suas dúvidas, expectativas e também linguajar. A mostra competitiva contempla documentários e ficções. Outro, dos cinco filmes restantes, já passou em Brasília – “O Homem Mau Dorme Bem”, de Geraldo Moraes – e um terceiro foi premiado em Beverly Hills, o documentário “Sequestro de Wolney Atalla”. Três são completamente inéditos – “Léo & Bia”, de Oswaldo Montenegro; “Não Se Pode Viver sem Amor”, de Jorge Durán; e “Cinema de Guerrilha”, de Evaldo Mocarzel. Só pelo registro, Laís e Evaldo Mocarzel já venceram o Cine PE, respectivamente com “Bicho de Sete Cabeças” e “Do Luto à Luta”.
A mostra competitiva de curtas apresenta 18 títulos. A lista completa está no site do festival, www.cine-pe.com.br. A mostra Pernambuco exibe filmes de produção local e é das mais concorridas. O festival é realizado pela Bertini Produções, de Alfredo e Sandra Bertini. Oferece oficinas profissionalizantes e presta homenagens. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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